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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O IMPÉRIO CONTRA-ATACA

É, meus caros, parece que a guerra entre as gigantes da qualidade em diecast está mesmo declarada, a EXOTO anuncia para dezembro o lançamento da: "mais detalhada, apurada SHARKNOSE já feita..." . Foi só a CMC lançar a Ferrari 156, campeã de 1961 - mais conhecida por sharknose pelo seu bico nariz de tubarão - que a EXOTO rebateu prometendo fazer uma miniatura melhor e oferecendo CINCO VERSÕES do carro, contra as apenas três da CMC.

O clima de guerra entre as duas começou quando a CMC conseguiu os direitos de produção e comercialização da Ferrari 500 e lançou no mercado apenas uma versão do carro de Alberto Ascari campeão de 1953, e ainda por cima sem os números na carenagem. A EXOTO não perdeu tempo e correu atrás dos mesmos direitos e lançou um sem número de versões da mesma miniatura, colocando à disposição inclusive OS DOIS CARROS campeões do mundo de 1952 e 1953 com seus devidos números na carenagem e diferenciando o tom de vermelho usado originalmente transformando-o numa miniatura "zilhões" de vezes mais bonita.
Resultado desse primeiro confronto? GOLEADA DA EXOTO !!! SUCESSO TOTAL DE VENDAS, enquanto o modelo da CMC mofa em prateleiras de lojas...
A CMC, ferida em seus brios, foi ao ataque conseguindo os direitos de comercialização de um verdadeiro sonho dos colecionadores de diecast, a fabulosa Sharknose. Golpe final? Nocaute na EXOTO?
Que nada eis que "O IMPÉRIO CONTRA ATACA..." A EXOTO vai reproduzir com sua já conhecida competência o mesmíssimo modelo e mais - como disse na introdução - prometendo as seguintes cinco versões:

1 - Phil Hill, GP de Mônaco, "Gift Set"
2 - Phil Hill, vencedor do GP da Bélgica
3 - Phil Hill, vencedor do GP da Itália
4 - Wolfang von Tripps, segundo colocado do GP da Alemanha

E A EXCLUSÍVISSIMA VERSÃO AMARELA (reparem na foto clicando nela para ampliar):

5 - Olivier Gendebiem, GP da Bélgica, com autêntica roupagem nacionalista AMARELA...

No meio dessa guerra, quem ganha mesmo somos nós que teremos várias opções para escolher qual Sharknose irá abrilhantar nossa coleção.

AO SOM DE "THE IMPERIAL MARCH" CURTI DEMAIS FAZER ESTE POST DO CONTRA ATAQUE DA EXOTO, IMPÉRIO DO DIECAST...

sábado, 15 de novembro de 2008

Guia do Colecionador 2 - Os carros campeões do mundo da década de 1960 disponíveis na escala 1/18 - Parte I

Abriremos os anos 1960 com um jeito diferente de publicar o post inaugural da referida década, ao invés de esmuciar descritivamente a primeira miniatura 1/18 campeã - marca registrada da série Guia do Colecionador - iremos apresentar fotos
que irão se incumbir desta descrição. A razão para essa mudança de atitude se deve simplesmente ao fato de a primeira miniatura campeã dos anos 1960 ainda não ter sido lançada no mercado consumidor, mas seus protótipos já estão prontos e suas fotos estão disponibilizadas logo abaixo (cortesia de João Vernini Filho). Para aquele que não está familiarizado com a série dos campeões em 1/18, o número 6 abaixo refere-se à ordem cronológica de carros campeões existentes em miniaturas na escala 1/18 desde o surgimento do campeonato mundial de Fórmula 1 em 1950 (sendo 5 na década de 1950 e este o primeiro da década de 1960, já que não existe carro em miniatura 1/18 para o ano de 1960).
Conheçamos então mais uma maravilha:

6 - 1961


CAMPEÃO DO MUNDO: PHIL HILL
CARRO: FERRARI 156
MINIATURA: CMC

Como vocês puderam notar nesta primeira foto a empresa alemã CMC MODELS produzirá inicialmente três versões diferentes da Ferrari campeã de 1961, sendo duas do campeão mundial Phil Hill e uma do vice-campeão Wolfgang von Tripps, tomando por base os números - graças a Deus parece que a CMC está perdendo o PÉSSIMO hábito de lançar miniaturas sem número - identifique cada uma:

N°2 - Carro de Phil Hill na corrida que o consagrou como campeão mundial, GP da Itália.
N°3 - Carro de Wolfgang von Tripps no GP da Alemanha, em Nürburgring.
N°4 - Carro de Phil Hill em sua vitória no GP da Bélgica.

Identificadas as versões, o colecionador de carros campeões tem duas opções para escolher o carro a ser adquirido, os puristas devem optar pelo modelo da corrida do título em Monza - foto abaixo - mas a miniatura da corrida da Bélgica - foto acima - apresenta uma diferença sutil que agrada muito esteticamente: retrovisores na cor prata, tornando-se por isso uma opção bem atraente.

Os carros devem estar disponíveis para compra dentro de 10 a 15 dias, clique nas fotos para melhor visualizar (há diferenças sutis em cada modelo) e escolher qual o modelo terá a honra de figurar em sua vitrine. Contemplem abaixo os motivos maiores de a CMC ser tão festejada como manufatureira de diecasts, a marca não se cansa de nos surpreendeer com sua finesse ao detalhar um Fórmula 1 miniaturizado.






segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Guia do Colecionador 1 - Os carros campeões do mundo da década de 1950 disponíveis na escala 1/18 - Parte Final

Fechando a década de 1950, publico hoje o último carro em miniatura diecast que representa a referida década. Fechando com chave de ouro aí vem a belíssima MASERATI 250F carro no qual Juan Manuel Fangio conquistou seu quinto e último título na Fórmula 1. Vamos a ela então:


5 - 1957

CAMPEÃO DO MUNDO: JUAN MANUEL FANGIO
CARRO: MASERATI 250F
MINIATURA: CMC



A Maserati 250F é o carro que protagonizou a mais bela exibição de Juan Manuel Fangio na Fórmula 1. O show foi dado no velho traçado de Nürburgring com seus mais de 22 quilômetros de extensão e a corrida era a sexta - e antepenúltima - do campeonato que laureou pela última vez o argentino pentacampeão mundial. A façanha de Fangio ocorreu depois de uma lambança de sua equipe que demorou intermináveis um minuto e dezoito segundos para realizar seu pit stop e o entregou de volta à pista na terceira colocação com cinqüenta e um segundos de defasagem para o segundo colocado, a Ferrari de Peter Collins. Como precisava da vitória para sagrar-se campeão antecipadamente, Fangio não titubeou e partiu para cima com arrojo e determinação incomuns para um piloto que dizia sempre que "a melhor maneira de vencer é guiando da forma mais lenta possível". E Fangio assombrou os espectadores presentes no velho Nürbrurgring voando - literalmente - sobre suas "lombadas" - locais que os pilotos da época geralmente "tiravam o pé" - e quebrou o recorde da pista dez vezes até chegar na Ferrari de Collins e o ultrapassá-lo categoricamente conquistando a segunda posição. Restava a outra Ferrari, do líder Mike Hawthorn... Fangio cerrou os dentes e de forma espetacular partiu para cima do inglês e numa manobra fantástica o ultrapassou dando um xis na Ferrari a apenas duas voltas do final. Fangio venceria sua última corrida na Fórmula arrebatando o título de forma fenomenal. Ele mesmo disse que nunca mais guiaria daquela forma novamente.

E é nesse contexto de carro maravilhoso e piloto fenomenal que apresento a miniatura que a CMC fez na escala 1/18 para retratar uma das mais históricas passagens da Fórmula 1 antiga.
A CMC caprichou tanto para poder nivelar-se ao carro retratado que montou a miniatura a partir de espantosas 1.387 partes manufaturadas a mão. E faturou por isso o título de miniatura do ano de 2005. Existem duas versões para essa miniatura e a diferença entre elas é somente a presença do número 1 e de uma inscrição grafada na parte traseira do carro que a contém onde se lê: MO-28 (compare essa diferença nas fotos comparativas clicando nelas para melhor visualizá-las).
Seguindo o padrão de evolução verificado nas W196 do post anterior desta série, a CMC foi além e nos brindou com mais uma arte em detalhamento de miniaturas, o que se pode observar claramente nos seguintes ítens:

- Pintura externa impecável em um tom vermelho-claro com uma faixa em amarela no bico feita a mão;
- Logotipos da Maserati próximos ao cockpit pintados e pequeno emblema da equipe próximo ao bico confeccionado separadamente em metal;
- Diversas aberturas de ar na carenagem em forma de meia-lua feitas verdadeiramente e não pintadas;
- Vários parafusos e rebites de metal confeccionados um a um ao longo de todo o chassi;
- Tampa do motor removível e composta de pequenas maçanetas que giram abrindo e/ou fechando a tampa;
- Bocais móveis do tanque de combustível e reservatório de óleo, e há um pino central no bocal do tanque de combustível que tinha função de evitar o refluxo do combustível usado pelo carro que era composto de uma mistura de gasolina, metanol, acetona , benzina e óleo;
- Cockpit extremamente detalhado e realista onde podem se ver todos os instrumentos do painel com seus marcadores fielmente reproduzidos, representação fidedigna de toda a pedaleira, alavanca de marcha e túbulos internos presentes, volante impecavelmente reproduzindo um aro de madeira sustentado por três hastes metálicas e banco de tecido azul-escuro com uma pequena faixa central retangular em azul de tom mais claro;
- Rodas raiadas compostas de 48 feixes individualizados presas por uma porca central removível que permite a retirada da roda e do pneu para visulização do sistema de freios;
- Presença de cintas de couro legítimo de cor vermelha na altura do tanque de combustível e logo atrás do banco do piloto ;
- Abertura anterior contendo em seu interior uma delgada grade protetora do sistema de arrefecimento em forma de tela com um pequeno círculo central em metal;
- cano de escapamento de plástico na cor preta que percorre todo o trajeto de saída do motor até projetar-se posteriormente à roda traseira esquerda, esse cano apresenta um anel de fixação na altura da referida roda confeccionado em metal;
- aletas laterais em forma de barbatana de tubarão situadas posteriormente às rodas dianteiras sustentadas por uma haste cilíndrica presa a elas por um pequeno rebite em metal (essas aletas não tinham função aerodinâmica, como disse anteriormente, protegiam na verdade o piloto de sujeiras jogadas pelos pneus) ;
- o motor de 6 cilindros em linha contém todos os seus elementos fielmente reproduzidos, inclusive fiações e presilhas de sustentação de alguns de seus componentes, parece que basta dar partida que o modelo sairá andando, é incrível;
- pequena abertura no assoalho do modelo onde se vê detalhes da porção inferior do motor;
- pode se observar - com alguma dificuldade - algumas partes da representação de todo o sistema tubular que compõe o "esqueleto" do chassi;

Portanto, meus amigos, trata-se de mais um show da CMC ao reproduzir um carro lendário.

COMO ESSE É O ÚLTIMO POST DA SÉRIE DOS CAMPEÕES DA DÉCADA DE 1950 EM 1/18, farei aqui um breve resumo dos carros da década:

ANO / MINIATURA(S)

1950 : NÃO EXISTE
1951 : NÃO EXISTE
1952 : EXOTO - CMC
1953 : EXOTO
1954/1955 : CMC - 2 VERSÕES: MONOPOSTO E STREAMLINER
1956 : NÃO EXISTE
1957 : CMC
1958 : NÃO EXISTE
1959 : NÃO EXISTE

Finalizando, há promessas da EXOTO de lançar os carros campeões de 1951 e 1958 e assim que forem lançados - se a promessa de fato se cumprir - farei posts descritivos atualizando a lista, mas o balanço final da década de 1950 até a presente data é esta aí: dos 10 carros campeões da década há 5 anos em que foram manufaturadas miniaturas para os representar.

ATÉ O PRÓXIMO GUIA DO COLECIONADOR ENTÃO, QUE TRARÁ A LISTA DOS CAMPEÕES MUNDIAIS DA DÉCADA DE 1960 QUE EXISTEM EM 1/18.

sábado, 30 de agosto de 2008

Guia do Colecionador 1 - Os carros campeões do mundo de Fórmula 1 da década de 1950 disponíveis na escala 1/18 - PARTE II

Contrariando minha idéia inicial de fazer desta segunda parte a final para as miniaturas de campeões mundiais em 1/18 da década de 1950, preferi mudar de estratégia e trarei nesta segunda parte apenas os modelos com os quais o grande JUAN MANUEL FANGIO sagrou-se campeão nos anos de 1954 e 1955 por motivos de - novamente - tamanho do post, o problema é que miniaturas da CMC (fábrica que manufaturou as miniaturas destes anos) são extramemente detalhadas, o que exige uma longa descrição de suas partes constituintes. Vamos aos modelos então, que é o que realmente interessa (não se esqueçam que as numerações abaixo referem-se ao número ordinal das miniaturas campeãs dispostas em ordem cronológica):


3 - 1954/1955

CAMPEÃO DO MUNDO: JUAN MANUEL FANGIO
CARRO: MERCEDES-BENZ W196 MONOPOSTO
MINIATURA: CMC


Para começar, atentem para uma pequena diferença sobre a relação miniatura/ano do título que representa, nesta miniatura: esta Mercedes - diferentemente dos carros anteriores - foi utilizada em dois anos consecutivos, podendo representar tanto o ano de 1954 quanto o de 1955. E a peculiaridade desse W196 - batizada de FLECHA DE PRATA - da Mercedes-Benz não para por aí, existe uma outra versão do carro que também foi usada no referido biênio: a W196 R STREAMLINER. As duas versões são bem distintas uma da outra em termos de aerodinâmica do seu chassi: o monoposto seguia o padrão normal de um Fórmula 1 da década de 1950 e a Streamliner apresentava as RODAS COBERTAS !!! Isso foi possível graças ao maleável regulamento técnico vigente na época, e a escolha do tipo de chassi a ser usado se dava da seguinte maneira:

- Monoposto (rodas descobertas): usado em circuitos travados, por apresentar maior eficiência onde havia predominância de curvas de baixa e média velocidade e onde era necessário usar mais os freios.

- Streamliner (rodas cobertas): especialista nos circuitos de alta velocidade pois sua carroceria coberta apresentava menor resistência ao ar.

O motor de ambas as versões porém era o mesmo, um 8 cilindros em linha, com capacidade de 2.496cc e que atingia 260 HP de potência, chegando a 8.500RPM em 1954 (em 1955 sua potência ampliou-se para 290 HP). O motor das flechas de prata foram extremamente inovadores pois foram os primeiros a utilizar um sistema de injeção eletrônica e um comando desmodrônico de válvulas.
Apresentação feita, vamos ao que interessa:

A CMC produziu duas versões do W196 Monoposto, a única diferença entre elas é a presença do número e de pequenas bandeiras argentinas conforme vocês podem conferir nas fotos comparativas, sendo a versão lisa bem mais fácil de ser encontrada e ambas versões NÃO POSSUEM A FIGURA DO PILOTO. A miniatura é rica em detalhes, mas em se tratando de uma CMC, deixa um pouco a desejar. Não apresenta muitas partes removíveis como é de praxe nos modelos da marca, na verdade a única parte móvel do carro é sua tampa do motor, que apesar de removível não vem com aquele jogo de presilhas descritas no post anterior da série para os carros da Ferrari 500F2, a tampa simplesmente se encaixa sobre o chassi. Mas não é só esse detalhe que nos leva a classificar a miniatura como pouco requintada, a miniatura apresenta ainda os seguintes pontos negativos:

- motor muito pouco detalhado, não chegando nem perto do padrão de excelência atingido em outros modelos lançados pela marca;

- cockpit pobre, com instrumentos do painel pintados de forma simplória apesar de estar envolvidos com belos aros de metal, volante de estética apenas razoável e ausência total de representação dos pedais. O que se pode destacar no habitáculo do piloto é o lindo banco de tecido xadrez que mistura as cores azul-escuro, vinho e branco;

- aberturas de tanque de combustível, tampa do reservatório de óleo e entradas de ar à frente do cockpit FIXAS;

- símbolo da Mercedes-Benz no bico - a famosa estrela - feita de plástico cromado e não de metal;

Apesar de apresentar estas simplórias partes componentes, a mininatura recebeu os prêmios de MINIATURE OF THE YEAR de 1998 e 1999. E eis aqui o motivo de considerarmos uma miniatura premiada como simples hoje em dia: o ano em que foi manufaturada, 1998. Há dez anos atrás as miniaturas não apresentavam o imenso grau de sofisticação verificado atualmente e isto demonstra a grande evolução que as fábricas tem atingido com o passar dos tempos. E para dar crédito aos prêmios recebidos, verifiquemos os pontos positivos deste modelo:

- pintura lindíssima polida a mão;

- rodas constituídas de 48 feixes individualmente manufaturados, formando dois conjuntos de feixes raiados para cada roda, um externo e outro externo;

- alto requinte do conjunto de escapamentos situados na lateral direita do carro, de um tubo situado na traseira do carro - que tinha a função de receber o motor de arranque externo para dar partida - e das aletas laterais que servem para proteger o piloto da sujeira projetada pelas rodas dianteiras (muitos acreditam que essas aletas teriam função aerodinâmica);

- grades dianteiras de metal perfeitamente confeccionadas à frente das entradas de ar;

- ampla abertura inferior que permite a perfeita visualização das porcões inferiores de várias partes internas do carro, inclusive o motor;

Há que se concluir, finalmente, que a versão Monoposto da Mercedes W196 trata-se de um "primo pobre" dos modelos da CMC, fato corroborado pela constatação de que a miniatura foi montada por "apenas" 180 partes fundamentais...o que é pouco frente das mais de mil partes componentes que formam uma miniatura atual, mas que não é um modelo ruim, pelo contrário é muito bonito e vale a pena ter na coleção.


*Dica do blog: Se você não conseguir achar para comprar a versão completa de corrida deste modelo que é muito rara e pertencente a uma edição limitada a mil exemplares, compre a versão lisa - relativamente fácil de ser encontrada - e contrate o serviço de um modelista profissional e experiente para confeccionar os números para aplicar na miniatura. MAS ATENÇÃO: ESTE MODELO APRESENTA TAMBÉM DUAS BANDEIRINHAS ARGENTINAS SITUADAS ATRÁS DO COCKPIT DO PILOTO - UMA DE CADA LADO - PRÓXIMO À ABERTURA DO TANQUE DE GASOLINA (visualize-a na foto clicando nela para aumentá-la), não deixe de adicioná-las para que seu modelo fique fiel ao original. Outra coisa muito importante com relação a essa miniatura é sua forma de preservação, evite deixá-la exposta ao ar livre pois sua pintura é muito sensível e sofre corrosão pela umidade, MELHOR ACONDICIONÁ-LA EM UMA VITRINE HERMETICAMENTE VEDADA.




4 - 1954/1955


CAMPEÃO: JUAN MANUEL FANGIO
CARRO: MERCEDES BENZ W196 R STREAMLINER
MINIATURA: CMC



Como a apresentação deste carro já foi devidamente feita acima, vamos diretamente para as características da miniatura. A W196R STREAMLINER - diferentemente de sua versão monoposto - é uma miniatura manufaturada recentemente e constitui um marco no colecionismo de diecast na escala 1/18 devido à sua impressionante riqueza de detalhes de suas incríveis 1.100 partes constituintes FEITAS A MÃO. Essa miniatura sensacional tem apenas um ponto em comum com sua "irmã" de rodas descobertas: o fato de ter sido lançada em duas versões e apresentar como única diferença a presença de números em sua carenagem e - a exemplo da outra versão - NÃO POSSUEM FIGURAS DO PILOTO, a versão numerada é raríssima sendo considerada por muitos o diecast de Fórmula 1 mais difícil de ser encontrado. De resto essa miniatura não tem muito a ver com o modelo monoposto, pois seu requinte pode ser observado em diversos detalhes extremamente bem trabalhados:

- o cockpit apresenta todas suas partes componentes como alavanca de câmbio, pedaleira e - acredite - até alavancas diversas que servem para abrir dutos de ventilação para o habitáculo do piloto e para o radiador situado no bico do carro (lá está localizada uma grade que se abre quando o carro está parado para ventilar melhor o radiador). O volante é de um detalhamento estético fabuloso acompanhado de um painel muito bem planejado que contém todos os seus mostradores visíveis. O banco do carro além de apresentar o mesmo lindo desenho em xadrez verificado na versão monoposto é todo margeado por uma linda faixa vermelha feita em couro legítimo. E, por fim, um detalhe magnífico: os retrovisores possuem espelhos verdadeiros;

- as rodas, já muito complexas no modelo monoposto, atingem seu auge na versão streamliner pois seus raios são formados por 72 feixes construídos manualmente, um a um;

- canos de descarga reais de metal e não de plástico cromado;

- motor extremamente detalhado onde pode ser observado inclusive os cabos de cobre componentes do inovador sistema de injeção eletrônica;

Mas agora, vamos à parte mais sensacional do modelo, suas incríveis partes removíveis:

- tampa do motor: o capô pode ser aberto da mesma forma que se faz com um carro de rua, onde a tampa pode ficar suspensa sendo sustentada por uma barra articulada;

- grade frontal pode ser parcialmente aberta, o que permitia uma maior ventilação ao radiador quando o carro estava parado (como relatei acima, há uma alavanca no cockpit que comanda a abertura e o fechamento dessa grade);

- dutos de ventilação para o habitáculo do piloto situados logo à frente do cockpit cuja abertura e fechamento - a exemplo da grade frontal - é comandada por alavancas presentes dentro do cockpit;

- tampa do tanque de gasolina chiquérrima situada logo atrás do cockpit;

- rodas podem ser também retiradas, o que proporciona para o colecionador mais curioso a possibilidade de visualização de componentes da suspensão e do sistema de frenagem;

- mas a parte removível mais impressionate mesmo dessa miniatura é sua carenagem, ela pode ser todinha removida, mostrando todo o interior do carro...Imaginem vocês que responsabilidade a CMC assumiu para si ao aceitar o desafio de confeccionar um interior tão complexo em peças e componentes quanto a de um carro real, um verdadeiro show. A carenagem é presa por seis pequenos parafusos localizados no assoalho do carro, que no caso do W196 R Streamliner é todo vedado;

Finalizando, então, para aquele colecionador que não possui a MERCEDEZ W196R STREAMLINER trate de adquirí-la, pois trata-se de uma das mais lindas miniaturas lançadas até hoje. Outro ponto que gostaria de abordar antes de finalizar o post é o fato de que qualquer uma das versões da W196 pode ser representativa para os anos 1954/1955 em uma coleção de campeões do mundo, ou seja, o colecionador não precisa comprar a monoposto e a streamliner para ter completa sua coleção temática de campeões, basta uma das duas. Mas que a coleção ficará mais rica e bonita tendo as duas versões, disso ninguém tem dúvida.


*Dica do blog: Ao adquirir a versão lisa e no caso de querer adesivá-la com os números, o comprador tem que atentar para o fato de a versão Streamliner não possuir as bandeirinhas argentinas que aparecem na versão Monoposto, e outra coisa: a versão carenada apresenta números na frente do carro, nas laterais e NA TRASEIRA, não se esqueçam disso senão a miniatura não ficará original.

sábado, 23 de agosto de 2008

Guia do Colecionador 1 - Os carros campeões do mundo de Fórmula 1 da década de 1950 disponíveis na escala 1/18 - PARTE I

Começa aqui a nova saga do blog e como primeira publicação do GUIA DO COLECIONADOR escolhi como tema a orientação para os ávidos colecionadores sobre quais as miniaturas existem para suprir seu maior desejo: ter suas vitrines completas de carros na escala 1/18 que foram campeões do mundo de Fórmula 1. Cobriremos através de vários posts a história de todos os campeonatos mundiais de pilotos em que existam miniaturas que os representem. Deixo claro aqui que só não cubro todos os campeonatos da história porque simplesmente não existem miniaturas em 1/18 que representem todos os carros de pilotos campeões do mundo.
Começarei então - obedecendo a ordem cronológica - com a primeira década do mundial de pilotos de Fórmula 1, a de 1950, que será divida em duas partes (devido a problemas de tamanho do post). NESTA PRIMEIRA PARTE VOCÊ CONHECERÁ AS MINIATURAS DE 1952 E 1953:


1 - 1952

CAMPEÃO DO MUNDO: ALBERTO ASCARI
CARRO: FERRARI 500F2
MINIATURA: EXOTO


Carro mais antigo a ser representado por um modelo diecast em 1/18, a Ferrari 500 F2 recebe a designação de F2 porque nos anos de 1952 e 1953 a Fórmula 1 correu com carros adaptados ao regulamento vigente para a Fórmula 2, com motores menores de capacidade de 2 litros quando convencionais e 0,5 litro quando superalimentados. A miniatura que representa o carro do campeão mundial Alberto Ascari é da fábrica norte-americana EXOTO, garantia de excelente qualidade. A Exoto caprichou muito nos detalhes dessa miniatura que possui várias partes móveis, tais como:
- abertura das tampas dos tanques de combustível - situado logo atrás do banco do piloto - e do óleo - situado logo à frente do capô do motor;
- remoção completa do capô do motor que é presa por um conjunto de cinco presilhas de mola cada uma com seus respectivos pinos de sustentação em metal que pode ser manipulado com o auxílio de uma pequena haste de plástico fornecida pelo fabricante;
- pára-brisa móvel situado em logo à frente do volante;
- pequena entrada de ar - função refrigeradora - móvel situada logo à frente do pára-brisa;
- sistema de direção todo móvel, permitindo inclusive a visualisação do movimento da coluna de direção uma vez removido o capô dianteiro;

A coloração da pintura do chassi aplicada pela Exoto é de um tom mais escuro do que vermelho utilizado originalmente pela Ferrari em 1952, detalhe que tornou a miniatura até mais bonita do que o carro real que imita, sobre o carro vem pintados também o número quinze - detalhe que deve ser reforçado pois não existiam números fixos para as equipes nesta época - o que indica tratar-se da versão correspondente ao GP da Inglaterra, quinta corrida do calendário de 1952.

O cockpit do carro é de uma beleza indescritível contendo a réplica de todos os instrumentos e acessórios utilizados pelo piloto, com destaque total para o lindo e grande volante e para o banco, no qual foi utilizado um tecido aveludado na cor marrom-claro.

O motor merece um parágrafo à parte tal a beleza de sua confecção. Uma vez aberto o capô, você terá a impressão de estar olhando para um motor verdadeiro em forma de miniatura - dá vontade até de pôr gasolina para vê-lo funcionando - e o que mais se destaca são os quatro curtos escapamentos que projetam muito pouco para fora do capô e que já foram manufaturados de forma que simulassem ferrugem, o que aumenta ainda mais o grau de realismo do modelo. Há ainda um grande atrativo para quem optar pela aquisição deste modelo e quiser deixar seu motor exposto: A EXOTO FORNECE UM CAPÔ ADICIONAL TRANSPARENTE FEITO EM ACRÍLICO PARA DEIXAR O MOTOR À MOSTRA E AO MESMO TEMPO PROTEGIDO.

No bico do carro há aquela característica abertura dos "charutinhos" - famoso apelido que os primeiros carros da Fórmula 1 receberam - e nele a Exoto teve o cuidado de manufaturar uma grade interna em metal, detalhe que conferiu mais beleza à parte frontal da miniatura. Já no assoalho do carro há aberturas que permitem a visualização de partes do motor e da caixa de câmbio. As rodas foram feitas com encaixe manual de cada feixe que a compõe, o que forma um conjunto de feixes raiados impressionante pela sua beleza.

Finalizando, é importante ressaltar que esta é a única versão de miniatura existente para o carro campeão de 1952, não existindo portanto uma versão em que haja a figura do piloto.


2 - 1953

CAMPEÃO DO MUNDO: ALBERTO ASCARI
CARRO: FERRARI 500F2
MINIATURAS: EXOTO E CMC



Os detalhes descritos acima quanto às especificações do carro para o regulamento valem para esse modelo de 1953, o carro de 1953 difere do modelo de 1952 apenas por pequenos detalhes, tais como : escapamento alongado que percorre

toda a lateral esquerda do chassi a partir do motor, ausência das duas pequenas entradas de ar em cima do capô e grade interna do bico um pouco diferente.

Quanto à miniatura existem duas opções de compra para o modelo de 1953, uma da Exoto e uma da CMC:
A miniatura feita pela Exoto tem todas as especificações das descritas acima para o modelo de 1952 quanto à sua manufatura (inclusive com o referido capô transparente para visualização do motor), sendo essa versão de 1953 a de número 10, representando o carro que disputou o GP da Argentina, primeiro do certame.

Já o modelo fabricado pela CMC difere da sua rival nos seguintes aspectos:
- coloração original da pintura utilizada pela Ferrari em 1953, com um vermelho de tom mais claro do que o tom usado pela Exoto (repare na foto comparativa e clique nela para melhor visualizá-la);
- banco do piloto utiliza um design e um tom bege mais próximo do banco real;
- riqueza de detalhes infinitamente superior ao da rival, a miniatura da CMC é composta de 1.463 partes feitas manualmente e montadas como um grande quebra-cabeças.
- maior número de partes móveis na miniatura, o que proporciona a incrível visualização de todo o tanque de combustível situado na parte posterior do carro.
Mas o grande fator negativo do modelo fabricado pela CMC é a AUSÊNCIA DA NUMERAÇÃO NO CARRO, velha mania da fábrica, o que desvaloriza - e muito - sua miniatura.

Finalizando, ambas versões são fabricadas SEM A FIGURA DO PILOTO.

*DICA DO BLOG: Para quem preferir o modelo da CMC e quiser deixá-lo fiel à realidade, contrate um bom modelista e peça-o para confeccionar um adesivo ou decalque com o número para a miniatura, podendo seguir inclusive o modelo de numeração empregado na miniatura da Exoto. MAS ATENÇÃO: CONTRATE O SERVIÇO DE UM MODELISTA EXPERIENTE E BOM DE SERVIÇO E MANDE VÁRIAS FOTOS PARA MOSTRAR COMO VOCÊ QUER QUE O TRABALHO FIQUE.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Atenção Colecionadores: Preparem o bolso!!! Uma verdadeira relíquia está a caminho...


Caros amigos dêem uma olhada na foto acima e contemplem um dos carros mais clássicos da história da F1, trata-se da Ferrari Dino 156 F1, campeã do mundo em 1961. Mas quem pensa que escrevo esse post para homenagear o carro ou descrever sua história de conquistas está enganado...Publico o post para dar uma notícia excelente para os colecionadores de diecast na escala 1/18, a CMC MODELS - melhor marca de diecast 1/18 de F1 - está em fase de término de confecção dessa Ferrari conhecida como SHARK NOSE (nariz de tubarão em inglês), apelido recebido por causa de seu bico diferenciado. O site oficial da CMC já disponibiliza a seguinte foto do protótipo do modelo (clique para ampliar):




E o melhor de tudo nessa notícia é que a CMC estará disponibilizando três versões da bagaça, todas numeradas (quem conhece a marca sabe que ela tem o péssimo hábito de lançar carros antigos de F1 sem número):

Versão 1 - GP da Itália (Monza) - carro campeão do mundo com Phil Hill, com número 2.
Versão 2 - GP da Alemanha (Nürburgring) - carro de Wolfgang Von Tripps, com número 3.
Versão 3 - GP da Bélgica (Spa) - carro de Phil Hill, com número 4

Quem me deu a dica sobre o lançamento foi o sempre antenado Samuel Lima, que estreará como comentarista do blog logo após o GP do Bahrein, e eu dedico esse post a um novo e bom amigo, colecionador ávido de carros campeões do mundo, o Saulo Bernardes de Souza, de Campinas. A figuraça é essa aí da foto e ele tem a peculiaridade de gostar de adquirir a versão do carro campeão que correu especificamente a corrida da conquista do título - ah! esses colecionadores e suas manias - , então não tenham dúvidas que ele comprará a versão do GP da Itália.


ENTÃO, MEUS CAROS, PREPARAI-VOS, POIS VOSSOS BOLSOS SOFRERÃO MAIS UM CONSIDERÁVEL ROMBO BREVEMENTE !!!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

MINIATURA DA VEZ 1 - MASERATI 250F




Como não podia deixar de ser, estou inaugurando a série MINIATURA DA VEZ com a minha mais nova aquisição: a MASERATI 250F do pentacampeonato de Juan Manuel Fangio(clique na foto para ampliar). O modelo foi manufaturado na escala 1/18 pela fábrica alemã de miniaturas CMC MODELS, considerada por vários experts em modelismo e em diecast como a melhor do mundo. Essa miniatura foi lançada em 2005 com o intuito de comemorar os 90 anos da CMC e, de cara, já arrebatou o prêmio: MINIATURECAR OF THE YEAR, sendo considerada a mais bela dentre todas as produzidas no ano, inclusive outras categorias e escalas. Não era pra menos, o modelo possui incríveis 1.387 peças montadas a mão e foi considerada a obra prima da CMC.
Não tinha jeito de ser melhor, não é ?
E não é que tinha ?
A CMC quando lançou o carro não o numerou (FOTO 2), velha mania da fábrica para modelos de F1 (quem tem uma MERCEDES W196 sabe bem disso) e por causa disso releguei sua aquisição a segundo plano. Mas, adivinhem vocês, qual não foi a minha surpresa quando deparei-me com uma edição limitada a apenas 5.000 em todo mundo da miniatura com sua devida numeração ? Não pensei duas vezes, corri e comprei sem pestanejar (e olha que doeu bastante no bolso). Mas valeu a pena cada centavo despendido !!!
Agora acho que dá para vocês imaginarem o porquê da escolha da foto principal do blog, não dá ?