segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Mais uma do canal global...


Não é de hoje que vejo amigos, conhecidos, desconhecidos e mais um zilhão de pessoas reclamarem da pífia cobertura da TV GLOBO da F1. A emissora, única detentora dos direitos de transmissão da F1 no Brasil, praticamente só transmite as corridas, não abrindo espaço em sua grade de horários para programas especiais sobre a categoria, documentários sobre a vida dos brasileiros na F1 ou entrevistas com gente do meio, desperdiçando assim um enorme potencial de exploração de um dos maiores arquivos televisivos da história recente do automobilismo ( acabaram até com o curtíssimo SINAL VERDE ). Isso sem contar quando, no meio de uma corrida, a transmissão é interrompida por diversos motivos: olimpíadas, jogos de futebol, visita do Papa e qualquer outro evento que a emissora julgue importante. Domingo, dia 30 de dezembro do moribundo 2007, fui feito de palhaço mais uma vez: anúncios de intervalo comercial prometiam uma esperada entrevista com o clã Piquet para o chatíssimo programa dominical de esportes - pródigo em transmitir, entre outras porcarias, futebol de areia - Esporte Espetacular. Eu, que nunca assisto o famigerado programa, me dispus a acordar cedo em pleno feriado de fim de ano, preparei meu gravador de DVD e mandei e-mails para amigos, familiares e demais conhecidos avisando sobre a entrevista. Muito bem, começa o tal programa e a promessa se confirma nas chamadas iniciais: - Hoje entrevista com os Piquet...logo após o jogo de vôlei entre Osasco x Brusque. E não é que o idiota aqui ficou plantado esperando para assistir e gravar a entrevista, assistiu todo o tal jogo de vôlei, para, depois de mais de duas horas depois ser - gentilmente - avisado que: "Em virtude da demora excessiva do jogo de vôlei não passaremos hoje as matérias que estavam previstas...". Brincadeira? Não tenho nada contra o vôlei: até gostei do jogo - como são craques essas meninas. Mas é o cúmulo do desrespeito com os fãs do automobilismo o que a Globo faz reincidentemente. Desrespeito e amadorismo: ou será que eles não sabem que uma partida de vôlei pode se prolongar por mais de duas horas? Como uma emissora líder de audiência de um país importante como o Brasil pode basear sua grade de horários em meras suposições??? -Ah, um jogo de vôlei deve durar uma hora e meia, daí em diante colocamos as matérias programadas...; devem ter pensado os "gênios" responsáveis pelo péssimo programa.
Do amadorismo durante as transmissões das corridas acho que não preciso nem tecer comentários demais, não é verdade: locutor que a toda hora erra nome de pilotos, inventa apelidos esdrúxulos: "olha aí o Robinho!", inventa ou não vê ultrapassagens, deixa transparecer nitidamente que torce para esse ou aquele piloto em detrimento dos que não simpatiza... É UM FESTIVAL DE AMADORISMO E INCOPETÊNCIA !!!
Tentando pessoalmente resolver esses problemas adquiri, tempos atrás, uma aparelho da SKY e pensei: - HEHEHE, agora poderei assistir às corridas em outro canal e ficarei até de "saco cheio" de tanto assistir a programas de automobilismo. E qual não foi minha surpresa ao notar que as corridas só eram transmitidas - EM COMPACTO - por um único canal às onze horas da noite. Diversos programas de automobilismo? Que nada, uma ou outra mesa redonda em que são divididos todos os assuntos pertinentes ao automobilismo em um só programa, não priorizando a F1. Resultado de tudo isso: cancelei a assinatura e aposentei o aparelho - que na época em que habilitei o serviço era vendido. Adivinhem quem é uma das proprietárias da Sky?
A única coisa que me restou fazer atualmente para minimizar o estrago que a Globo nos impõe é assistir as imagens pela TV e ouvir a transmissão das corridas pelo rádio, esse sim informativo e livre de gafes e ufanismos baratos. O problema, infelizmente, só é resolvido parcialmente, uma vez que gravo as corridas para revê-las e quando vou assistir a gravação - sem a valiosa muleta do rádio - começa a ladainha: "BEM AMIGOS DA REDE GLOBO..."
Portanto, meus caros, nós que consumimos um esporte dos mais glamourosos, pagando verdadeiras fortunas por seus ingressos, souvenires e memorabilias somos brindados com transmissões dignas de televisões locais que mal serviriam para cobrir torneios de rinha de galo ou partidas de truco. EXAGEREI? Então esperem só o ano de 2008, vem aí as olimpíadas...vai ser um tal de: "- Em virtude das importantíssimas quartas de final do tênis de mesa interromperemos a transmissão do GP DE TAL PAÍS, mas não se preocupem, caros telespectadores, depois passaremos um compacto de 15 minutos..."
Ô TV RECORD, PELO AMOR DE DEUS, BRIGUE PELOS DIREITOS DE TRANSMISSÃO DA FÓRMULA 1 PARA QUE POSSAMOS TER MAIS UMA OPÇÃO.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Anos 2000 - anos Ferrari


A Scuderia Ferrari comemorou em 2007 sessenta anos de existência, data que, por si só, já merecia ser efusivamente comemorada. Mas a Ferrari tem motivos de sobra para rir à toa mesmo é de sua performance na década dos anos 2000: nunca uma equipe de F1 foi tão dominadora em uma só década. O máximo de títulos que uma equipe tinha acumulado em uma só década foi cinco com a Mclaren nos anos 1980: 1984 com Niki Lauda; 1985, 1986 e 1989 com Alain Prost e 1988 com Ayrton Senna. Os anos 2000 nem acabaram ainda e a Rossa já conquistou seis títulos dos oito possíveis, quebrando o recorde de cinco em uma só década. Faltando ainda dois campeonatos para fechar a década a Ferrari pode chegar à incrível marca de oito títulos em dez. E o que mais enche os tiffosi de orgulho é que a supremacia da Ferrari voltou justamente em 2007, primeiro ano sem o papa-títulos Michael Schumacher: não se pode esquecer que destes seis títulos, cinco vieram da associação Schumi-Ferrari, mas a união acusou o golpe - que veio forte da aliança Alonso-Renault - e já mostrava sinais de desgaste. E foi justamente em 2007 ( ano da admissão da equipe italiana no clube dos sexagenários ), com ares novos, que a equipe voltou ao topo do olimpo da F1. Antes dessa inédita supremacia a Ferrari teve a seguinte performance nas décadas anteriores:

Década de 1950: Quatro títulos - 1952 e 1953 com Alberto Ascari, 1956 com Juan Manuel Fangio e 1958 com Mike Hawthorn.
Década de 1960: Dois títulos - 1961 com Phil Hill e 1964 com John Surtees.
Década de 1970: Três títulos - 1975 e 1977 com Niki Lauda e 1979 com Jody Scheckter.

Nas décadas de 1980 e 1990 a Ferrari amargou seu mais longo jejum de títulos.
Com este breve retrospecto, dá para se ter idéia agora da enorme euforia pela qual os tiffosi viveram o ano do sexagésimo aniversário de um dos maiores símbolos do orgulho italiano.
Para nós, brasileiros, só nos resta reverenciar a Rossa e torcer para que se seu reinado continuar, que seja nas mãos de Felipe Massa.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

VÍDEOS INCRÍVEIS 5 - E não é que eles pareciam ser até amiguinhos?



Sensacional este vídeo de um anúncio comercial da MERCEDES-BENZ na Europa. Muitos de vocês já devem ter visto ( como eu ), mas a oportunidade de compartilhar desse momento lúdico com vocês me fez postá-lo, uma vez que eu já tinha visto o vídeo mas não o possuía em meus arquivos. E essa oportunidade só foi possível graças ao meu grande amigo Dr. Rodrigo Barros, eminente advogado e professor universitário em Uberaba - MG, que me enviou o vídeo por e-mail. Reparem só na musiquinha do comercial - escolhida a dedo, diga-se de passagem - que começa assim: "tudo o que o você pode fazer, eu posso fazer melhor..."
Acho que se eu fosse convidado a resumir o relacionamento de Alonso e Hamilton em uma só imagem, eu usaria exatamente esse vídeo, pois ele consegue mostrar o nível de competitividade gerada entre os dois de uma forma cordial, sem baixarias. Mas o fato que mais me encorajaria a escolher o vídeo é a surpresa final que ele proporciona: afinal de contas, por melhor que esses dois jovens possam ser, sempre há algo ou alguém melhor...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Triste sina inglesa


A Inglaterra é o país que mais serve de referência quando o assunto é a F1: é o berço da categoria, é o país-sede da maioria absoluta das equipes que disputam o certame, concentra o maior número de museus e lojas de memorabilia e demais quinquilharias para os ávidos colecionadores e aficcionados amantes do esporte...Um piloto novato que tenha pretensões de estrelar na F1 precisa, quase que obrigatoriamente, fazer bonito nas categorias de base inglesas...e o idioma oficial da F1 é o inglês.
Portanto, a F1, por mais cosmopolita que possa ser, é, em sua essência, inglesa.
O que ocorre então com um país em que se respira F1 e não consegue fazer de seus pilotos grandes vencedores de títulos? E o pior: nas estatísticas da F1 os ingleses estão entre os maiores perdedores de títulos... A coisa é tão séria que os dirigentes bolaram um maneira de mascarar a inépcia inglesa de converter em números as glórias de seus pilotos: contabilizar os números de pilotos escoceses e norte-irlandeses todos sob a bandeira do REINO UNIDO, é por isso que o Reino Unido é o país com maior número de títulos na F1, doze. Sem esse subterfúgio a Inglaterra seria a segunda colocada no ranking de campeões mundiais, perderia para o Brasil - primeiro colocado com oito títulos - e empataria com a Alemanha - sete. Para aprofundarmos essa análise façamos um retrospecto dos ingleses campeões do mundo, em ordem cronológica:

Mike Hawthorn campeão em 1958, Graham Hill - 1962 e 1968, John Surtees - 1964, James Hunt - 1976, Nigel Mansell - 1992 e Damon Hill - 1996.

Viram só que o esquadrão inglês conta, no máximo, com um bicampeão? Ao passo que Austrália, Áustria e Escócia têm, por exemplo, pelo menos um tricampeão. E as decepções então? Os ingleses estão entre os maiores perdedores de títulos da história da F1: o maior exemplo disso é Stirling Moss, que acumulou a incrível façanha de perder cinco títulos mundiais, inclusive um para seu compatriota Hawthorn por um ponto de diferença. Mas não podemos nos esquecer também de Nigel Mansell, que diputando diretamente perdeu três títulos - para Prost, Piquet e Senna - e o que mais entristece o torcedor inglês, no caso de Mansell, foram as circunstâncias como ele perdeu os títulos: em todas as ocasiões ele tinha um carro melhor que seus opositores e, no caso de Piquet em 1987, contava com o apoio declarado da equipe - que chegou a cancelar o projeto da suspensão ativa, desenvolvida por Piquet, porque Mansell não se adaptava ao carro com o recurso.
Não é uma situação angustiante?
Pois é, mas o que mais amedronta os súditos da rainha é que depois de anos sem um grande piloto surge o estreante meteórico Lewis Hamilton em 2007...Surpreendentemente, Lewis lidera a maioria do campeonato e chega a duas corridas do final do campeonato precisando de uma simples quarta posição em apenas uma delas para se tornar campeão - exatamente como Mansell em 1986 - e o que acontece? A sina inglesa volta a "entrar em campo" e Hamilton entrega de bandeja para Räikkönen um título que todos já contavam como certo para Lewis.
E eis o grande pesadelo inglês: títulos unitários e esparsos e uma sucessão de derrotas de seus grande ídolos.
SERÁ QUE HAMILTON QUEBRARÁ ESSA SINA OU A CORROBORÁ? Por enquanto, ele faz parte da estatística das decepções...
TRISTE SINA!!!
GOD SAVE THE QUEEN!!!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Mais belos carros by F1 RACING - os 2 carros que empataram na quadragésima posição

Apenas dois carros empataram na quadragésima colocação da lista dos mais belos carros da história da F1 até 2004 elaborada pela revista F1 RACING. São eles:

#40 - Williams FW18 - 1996


DESIGNER: Patrick Head
PILOTOS: Damon Hill, Jacques Villeneuve
Vitórias: 12
Poles: 12
M.voltas: 11
Pontos: 175

Projetado pelo conhecidamente conservador PATRICK HEAD, o FW18 foi apenas uma evolução do eficientíssimo FW17B - que contou com a contribuição do gênio ADRIAN NEWEY - para adaptar-se ao novo regulamento de 1996. Esse carro apresentou uma curiosa disposição de pedais de freio e alavancas de trocas de marcha - somente no carro de VILLENEUVE : dois pedais para frear com o pé esquerdo e as duas alavancas para trocas de marchas situadas no lado direito da coluna de direção. O carro é bem retilíneo e a apresenta um bico muito alto e fino que se assemelha a um míssil. O FW18 foi o carro que fez justiça ao gentleman DAMON HILL, covardemente privado do título de 1994 pela manobra inescrupulosa de MICHAEL SCHUMACHER na decisão do título em ADELAIDE, muitos subestimam sua pilotagem - às vezes meio atrapalhada mesmo - dizendo que foi campeão só pelo carro...mas se Hill não fosse bom, por que o grande Schumacher teve que se valer de um golpe sujo para tirá-lo do páreo em 1994? Mais: se Hill não tivesse valor não seria Jacques Villeneuve - trazido do automobilismo norte-americano com status de grande estrela - o homem da Williams a lutar pelo título?

#40 - Ferrari 126C3 - 1983


DESIGNER: Harvey Postlewaithe
PILOTOS: René Arnoux, Patrick Tambay
Vitórias: 2
Poles: 4
M.voltas: 2
Pontos: 45


A Ferrari vinha para a temporada de 1983 ainda atordoada pela perda de sua dupla prodigiosa de pilotos em 1982, o mito GILLES VILLENEUVE - morto no circuito belga de ZOLDER - e DIDIER PIRONI - incapacitado de correr na F1 após o horrível acidente sofrido em HOCKENHEIM. Para substituí-los alinhavam os 126c3 no grid a insossa dupla de franceses ARNOUX - extremamente arrojado, combativo e rápido, mas inconstante e inadequado para liderar uma equipe forte como a Ferrari - e TAMBAY - tapa-buraco que já estava fora da F1 e só retornou devido a morte de Gilles no ano anterior, bom piloto mas não o suficiente para um Ferrari tão forte como os 126C. Apesar de todo esse clima desfavorável, a Ferrari fez um bom papel na temporada chegando a disputar o título de pilotos com Arnoux e conquistando o mundial de construtores, mérito desse fortíssimo conjunto chassi 126C-motor turbo. Aliás, o 126C foi o primeiro chassi da equipe de Maranello a usar fibra de carbono. O carro - dos tempos do efeito solo - tinha linhas belíssimas ( clique nas fotos para melhor visualização ) e apresenta a mítica numeração 27 e 28, um verdadeiro clássico da F1.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

ORGULHO BRASILEIRO


A foto acima me foi enviada pelo meu amigo PC - devidamente apresentado a uns posts atrás - que se tornou o mais novo colecionador de miniaturas na escala 1/18 - seja bem vindo à turma - com a aquisição de um belíssimo BRABHAM BT52 de NÉLSON PIQUET... mas,voltemos à foto: a foto foi tirada no SALÃO INTERNACIONAL DO AUTOMÓVEL de 2004 e retrata o FITTIPALDI FD01, primeiro carro brasileiro da F1. Na época, o carro - ou melhor dizendo: A RELÍQUIA - foi totalmente reconstruído pela DANA, fabricante de autopeças que o expôs em vários locais do Brasil com a intenção de resgatar a memória desse ícone do patrimônio histórico do automobilismo nacional. A respeito da restauração do FD01 vejamos o que a própria DANA tem a nos dizer:
"Projetado e construído em 1974, o Fittipaldi FD01, que também ficou conhecido como COPERSUCAR, foi submetido a um minucioso processo de restauração. A iniciativa de recuperá-lo foi uma das ações do programa DANA CULTURAL que, além de promover diversas exposições itinerantes sobre a cultura brasileira, patrocina a preservação dos símbolos nacionais de mobilidade. Outros veículos recuperados com o apoio da Dana foram o SIMCA CHAMBORD do VIGILANTE RODOVIÁRIO (primeiro seriado brasileiro de TV) e o motor do hidroavião brasileiro JAHU (primeiro das Américas a cruzar o oceano atlântico sul, em 1927).
O trabalho de restaração do FD01 envolveu a completa desmontagem do carro, revisão de todos os sistemas, instrumentos e restauração do cockpit, construído em alumínio. Na parte mecânica, a reconstrução da suspensão traseira e revisão da dianteira, produção de radiadores novos e troca de todas as peças de desgaste do câmbio. O motor, COSWORTH DFV, recebeu todos os principais componentes de desgaste novos, comprados na própria Cosworth. E a pintura, que segue o padrão oficial de pista, foi refeita pelo renomado designer SID MOSCA.
O sistema de tração usado originalmente no carro foi fabricado pela Dana, então ALBARUS. Ao longo do processo de restauração, os dois cardans receberam um cuidado especial. Depois de retirados do carro, foram enviados para as instalações da Dana para serem restaurados pelos mesmos responsáveis pelo seu projeto, trinta anos atrás."
Pois é, meu caros, uma história linda de resgate histórico em um país tachado por muitos de "desmemoriado" que tratei de explorar - usando a foto do PC - justamente para mostrar que se nem todos os brasileiros importam com seu passado, nós não só no importamos como a cultuamos.
VIVA O PIONEIRISMO DOS "BANDEIRANTES" DO CLÃ FITTIPALDI!!!
PARABÉNS A DANA PELA LINDÍSSIMA INICIATIVA!!!
E fico torcendo - ou melhor dizendo: REZANDO - para que um dia possamos ter no mercado uma miniatura 1/18 desse carro para embelezar minha coleção.

sábado, 15 de dezembro de 2007

João, o transformador

Reparem bem os detalhes das fotos acima (clique na foto para ampliá-la) e veja que belo trabalho de transformação feito em um modelo 1/18 da WILLIAMS FW16 de AYRTON SENNA. Há muito tempo, colecionadores diversos vem reclamando da mesmice dos modelos lançados no mercado, aquela mania de lançar as miniaturas sempre com a figura do piloto olhando para frente e com as duas mão no volante... Tendência que, graças a Deus, vem mudando com a entrada de novas marcas manufatureiras de modelos. Mas o que fazer com aquelas miniaturas que você tanto ama e gostaria de dar uma nova roupagem? É aí que "entra em campo" o belo trabalho dos modelistas. Na foto acima, a figura de Senna ganhou nova vida ao reproduzir uma cena em que ele está calçando as luvas antes de entrar em ação.
Gostaram? Então atentem para a foto abaixo da BENETTON B192 da primeira vitória de MICHAEL SCHUMACHER na F1:

Sensacional, não? Além de o modelista resolver brilhantemente o problema de essa miniatura da MINICHAMPS não vir com a figura do piloto ( por razões contratuais ), ele ainda extrapolou ao colocá-la como que em movimento de entrada e/ou saída do carro.
Pois bem, apresento a vocês hoje, então, o trabalho de JOÃO VERNINI FILHO, cujas obras falam por si só, dispensando maiores comentários.

O João faz trabalhos sob encomenda e atende aos pedidos dos colecionadores no seguinte e-mail: joao@avionics.com.br .
Ao lado vocês podem contemplar uma figura em seu estágio inicial de transformação. Seu trabalho é criterioso e demanda um certo tempo para ser concluído, mas, conforme vocês viram, vale a pena esperar.
Como último aperitivo, deixo vocês com a FERRARI F2006 de Schumacher e seu reluzente macacão especialmente estilizado para o GP de Mônaco, aquele da punição no treino classificatório quando o tedesco "estacionou" deliberadamente seu bólido atrapalhando a última tentativa de volta rápida de FERNANDO ALONSO. A pintura desse diferente macacão nunca foi lançada pela HOT WHEELS, responsável pelas miniaturas da Ferrari, e foi devidamente aplicada pelas hábeis mãos de João que, não se cansando de extrapolar, bolou também uma posição diferente para a figura, contemplem e façam como eu, babem:


quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Felipe Massa - Futuro campeão ou só mais uma falsa promessa?


Felipe Massa completou em 2007 sua quinta temporada na F1 e tem garantida sua participação numa equipe de ponta com amplas chances de ser campeão até 2010. Deixando o fato de ser brasileiro, você leitor - se fosse o responsável pela Ferrari - assinaria um contrato tão longo com um piloto que em cinco temporadas perdeu quatro para seus companheiros de equipe? Pois bem, para analisarmos detalhadamente a carreira de Massa acompanhemos seu retrospecto:

2002 - ESTRÉIA NA F1 PELA SAUBER:

- Companheiro de Equipe: Nick Heidfeld

- Pontos Marcados: HEIDFELD 7 X 4 MASSA

- Melhores Resultados Obtidos: HEIDFELD: um quarto lugar, um quinto e dois sextos.
MASSA: um quinto lugar e dois sextos.

- Melhores Posições de Largada: HEIDFELD 11 X 5 MASSA

- Colocação Final no Campeonato: HEIDFELD: décimo
MASSA: décimo terceiro

Comentário: Felipe Massa criou uma enorme expectativa no público brasileiro - já cansado de ver Rubens Barrichello prometer muito e realizar muito pouco - por sua vitoriosa retrospectiva em categorias de base (tão vitoriosa que lembrava o retrospecto dos três brasileiros maiorais: Senna, Piquet e Fittipaldi). A TV GLOBO, inclusive, montou um esquema especial de transmissão no GP da Austrália - primeiro do campeonato - onde reuniu parentes e amigos do suposto novo fenômeno brasileiro da F1 em sua cidade natal, Botucatu, para comemorar uma esperada boa estréia, que não aconteceu. Prosseguindo no campeonato, Felipe se mostrou tão desastrado que foi afastado por PETER SAUBER de seu cargo de piloto titular - Felipe teve que amargar um 2003 como piloto de testes. O ápice da irritação de Peter Sauber foi no GP da França, onde Felipe queimou a largada e foi punido, ao sair dos boxes após o cumprimento da pena cometeu o erro infantilíssimo de passar sobre a faixa de saída dos boxes, o que resultou em UMA NOVA PUNIÇÃO.


2003 - REBAIXADO A PILOTO DE TESTES


2004 - RETORNO A SAUBER

- Companheiro de equipe: Giancarlo Fisichella

- Pontos Marcados: FISICHELLA 22 X 12 MASSA

- Melhores Resultados Obtidos: FISICHELLA: um quarto lugar, um quinto, dois sextos, dois sétimos, três oitavos lugares.
MASSA: um quarto lugar, um quinto e três oitavos lugares.

- Melhores Posições de Largada: FISICHELLA 11 X 7 MASSA

- Posição Final no Campeonato: FISICHELLA: décimo primeiro
MASSA: décimo segundo

Comentário: Depois de uma ano de "aprendizado" como piloto de testes de uma equipe campeã do mundo em 2003 convivendo com uma das maiores feras da história da F1, Michael Schumacher, esperava-se de Massa um ano de retorno arrasador, principalmente por encontrar na Sauber um companheiro de equipe bem mais fraco que Nick Heidfeld, o já desacreditado Giancarlo Fisichella. E, ao final da temporada, o que ocorreu? Uma surra do italiano em Massa, que o bateu em todas as estatísticas: largando mais vezes a frente, marcando melhores posições finais de corrida e aplicando uma verdadeira "goleada" em números de pontos: 22 X 12.


2005 - NO TERCEIRO ANO DE SAUBER, DERROTA O "MORIBUNDO" JACQUES VILLENEUVE APENAS NA ÚLTIMA CORRIDA DO ANO

- Companheiro de equipe: Jacques Villeneuve

- Pontos Marcados: MASSA 11 X 9 VILLENEUVE

- Melhores Resultados Obtidos: MASSA: um quarto lugar, um sexto, um sétimo e um oitavo.
VILLENEUVE: um quarto lugar, um sexto e um oitavo lugar.

- Melhores Posições de Largada: MASSA 12 X 7 VILLENEUVE

- Posição Final no Campeonato: MASSA: décimo terceiro
VILLENEUVE: décimo quarto

Comentário: Bernie Ecclestone estava desesperado com a falta de ídolos na F1 para bater Schumacher em 2004 e tratou de "ressuscitar" o demitido Jacques Villeneuve ajeitando um lugarzinho para ele na Sauber em 2005. Villeneuve mostrou-se extremamente despreparado e fraco. Esperava-se, finalmente, o primeiro triunfo de Felipe Massa sobre um companheiro de equipe, que de fato aconteceu. Mas, infelizmente, a maneira como ocorreu foi triste para o brasileiro que só conseguiu bater Villeneuve com um salvador sexto lugar obtido na última corrida do ano, GP da China. E ainda teve que amargar o fato de ter sido o líder da pior campanha da Sauber na F1 desde 2003.


2006 - CONTRATADO PELA FERRARI

- Companheiro de equipe: Michael Schumacher

- Pontos Marcados: SCHUMACHER 121 X 80 MASSA

- Melhores Resultados Obtidos: SCHUMACHER: 4 poles, 7 vitórias e 12 pódios.
MASSA: 3 poles, 2 vitórias e 7 pódios.

- Melhores Posições de Largada: SCHUMACHER 13 X 5 MASSA

- Posição Final no Campeonato: SCHUMACHER: vice-campeão
MASSA: terceiro

Comentário: A Ferrari efetiva Massa como seu piloto titular - já o tinha sob contrato a muito tempo e o emprestava a Sauber para ganhar experiência - pois Barrichello saiu da equipe italiana antes do final de seu contrato para tentar a sorte na HONDA. Comparar Massa a Schumacher é covardia, por isso não teçamos comentários a respeito.


2007 - SEGUNDO ANO NA FERRARI, AGORA VAI?

- Companheiro de equipe: Kimi Räikkönen

- Pontos Marcados: RÄIKKÖNEN 110 X 94 MASSA

- Melhores Resultados Obtidos: RÄIKKÖNEN: 3 poles, 6 vitórias e 12 pódios.
MASSA: 6 poles, 3 vitórias e 10 pódios.

- Melhores Posições de Largada: MASSA 9 X 8 RÄIKKÖNEN

- Posição Final no Campeonato: RÄIKKÖNEN: CAMPEÃO
MASSA: quarto

Comentário: Testes de pré-temporada: Massa arrasa e lidera quase todos... Finalmente teremos um brasileiro campeão? Que nada, batido - de novo - por seu companheiro de equipe e pelos dois pilotos da Mclaren, foi o único piloto das equipes de ponta a não ter chance de brigar pelo título antes mesmo da última corrida, NOVAMENTE UMA LÁSTIMA.


Pois bem, meus amigos, voltando à questão proposta lá no início do post: você assinaria um contrato tão longo com um piloto com esse retrospecto???
Quero deixar bem claro que não tenho nada contra Felipe Massa, torço por ele e gosto de seu bom caráter, mas estou ficando de "saco cheio" de ufanismos baratos impetrados por Galvão Bueno e seus asseclas, que tentam nos iludir para ganhar audiência desde a ida de Barrichello para a Ferrari em 2000. Ufanismo, ilusões e torcida não ganham títulos...
Torço e muito para que Massa seja como Mansell - que demorou a decolar mas quando decolou virou um pilotaço - e que em sua sexta temporada mostre finalmente a que veio...Mas, tenho lá minhas dúvidas, uma vez que nem bem o campeonato começou e o Felipe já está criticando o carro do ano que vem sem controle de tração - nós sabemos muito bem que quanto menos recursos eletrônicos um carro tem maior a chance de um piloto mostrar seu valor - ao passo que Räikkönen e Hamilton rasgaram elogios a pilotagem desafiadora que o carro lhes proporcionou.
É, meus caros, que está com cara de desculpa antecipada para futuros fracassos, está. Torço muito para estar enganado e para que Massa finalmente faça uma temporada vencedora em 2008, do contrário, só nos restará apostar nossas fichas em Piquet Jr.
CRUZ CREDO, Ô SINA...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

29 anos depois a história se repete


Confirmada oficialmente hoje a novíssima dupla de pilotos da equipe ING RENAULT para a temporada de 2008 da F1: FERNANDO ALONSO e NÉLSON ÂNGELO PIQUET. Imagine só a emoção do Nelsão ao ver se repetir, 29 anos depois, a mesma história que viveu em 1979 - sua primeira temporada completa na F1 - quando estrearia na equipe Brabham-Alfa Romeo justamente ao lado de um bicampeão consagrado, Niki Lauda. Foi um ano de extremo aprendizado para Piquet Sênior - é, agora teremos que assim identificá-lo - que soube, do alto de sua extrema esperteza, sorver com muita intensidade os ensinamentos do mestre Lauda. Em momento algum criou um clima de guerra dentro da equipe e fez uma grande amizade com o austríaco. O resultado de todo esse "estágio" já pôde ser verificado na temporada seguinte - apenas a segunda completa - quando o pupilo se transformou em gênio e venceria suas primeiras corridas, CHEGANDO ATÉ A DISPUTAR O TÍTULO COM ALAN JONES... A consagração final veio já em 1981 com o título e o resto da história vocês já sabem...
Pois é, tomara que o Nelsinho saiba reviver a história de seu pai e, com humildade mas sagacidade, saiba aprender com o bicampeão Alonso, que sabe como poucos liderar uma equipe rumo ao sucesso, para que logo em seguida possa lutar de igual para igual com as novas feras da F1 e, finalmente, trazer alegrias para o sequioso torcedor brasileiro, que está cansado de falsas promessas.
É, EM 2008 TEREMOS O ENORME PRAZER DE VER UM PIQUET NOVAMENTE NAS PISTAS, INTERLAGOS AÍ VAMOS NÓS...

domingo, 9 de dezembro de 2007

VÍDEOS INCRÍVEIS 4 - O outro lado de uma tragédia



Nesse dia de tamanha tristeza para os amantes do automobilismo brasileiro devido ao falecimento de Rafael Sperafico vai aí para vocês um vídeo realmente incrível, o acidente que quase vitimou Niki Lauda em Nürburgring em 1976. O que torna esse vídeo espetacular não é o acidente em si - que de espetacular não tem nada - e sim os desdobramentos heróicos logo após a tragédia. Observem o heroísmo de HARALD ERTL, GUY EDWARDS e ARTURO MERZARIO, verdadeiros paladinos se arriscando entre as chamas para salvar Niki - é impressionante, dá para escutar um deles gritando desesperadamente: "NIKI, NIKI". E as imagens de Lauda logo após a retirada do capacete? DE ARREPIAR...
O vídeo traz ainda um depoimento da belíssima MARLENE LAUDA e, por ser em italiano, dá para compreendê-lo perfeitamente. As imagens são impressionantes e nunca as havia visto.
Mas, sabem, o que mais me impressionou após assistir ao vídeo? Quão herói, bravo e louco é esse tal de ANDREAS NIKOLAUS LAUDA por ter voltado a competir com a mesma garra, rapidez e talento de antes, tanto que venceu mais dois campeonatos após o acidente. Se já era fã do austríaco - um dos meus ídolos de infância - antes de ver as imagens, imaginem agora...
E, finalmente, minhas condolências à família Sperafico pela triste perda.

sábado, 8 de dezembro de 2007

MINIATURA DA VEZ 6 - Renault RE20


Apresento hoje, pela primeira vez, uma miniatura que não é da minha coleção particular, o modelo pertence ao meu amigo SAMUEL LIMA, devidamente apresentado a uns posts atrás. O modelo de hoje é justamente um dos carros escolhidos como mais belos na lista da F1 RACING do último grupo que apresentei a vocês dias atrás e trata-se do RENAULT RE20. O fabricante é a norte-americana Exoto, sua escala é 1/18 e sua versão é a que representa a vitória de Jean Pierre Jabouille no GP da Áustria em 1980.

- Mas como assim a versão? Poderiam me perguntar alguns... É isso mesmo, a Exoto tem a saudável "mania" de manufaturar diferentes versões de um mesmo carro. Para o RE20, por exemplo, ela soltou no mercado cinco diferentes versões, são elas:
1 - GP da França de 1980 - carro sem a figura do piloto Jean Pierre Jabouille
2 - Gp da França de 1980 - carro sem a figura do piloto René Arnoux
Ambos usando pneus de pista seca.
3 - Gp do Brasil de 1980 - comemorativo à vitória de René Arnoux, contém a figura do plioto na posição clássica das miniaturas, ou seja, segurando o volante com as duas mãos e olhando para frente.
As outras duas versões são idênticas com a pequena diferença de uma vir com uma base de pista estilizada imitando uma pista.

A versão que o Samuel nos apresenta é a comemorativa à vitória de Jabouille na Áustria em 1980, que apresenta uma particularidade bem interessante: reparem na posição das mãos e da cabeça da figura do piloto (cliquem nas várias fotos para melhor visualização), fantástico, não?
Mas deixemos o dono do modelo descrever sua jóia, com a palavra Monsieur Samuel:
"Trata-se de um Exoto e só por isso já dispensa maiores apresentações quanto a sua qualidade. O carro é bonito, embora não seja o mais belo que a Exoto já produziu, mas a riqueza em detalhes como a figura do piloto, dentre outros itens, é um atrativo aos que não apreciam o modelo. Atrai também o fato de o carro ser uma evolução do modelo de 1977, precursor da era turbo na F-1".
E não podemos nos esquecer de reparar no modelo também os belíssimos pneus de chuva manufaturados com incrível perfeição pelo fabricante.

Fiz questão de publicar a miniatura do RE20 justamente para dar uma outra oportunidade de apreciação de um carro de beleza questionada por alguns leitores que manifestaram sua opinião contrária através de comentários no blog e também por e-mail.

Quem sabe a Exoto, prodigiosa na arte de transformar tudo o que toca em belo, não consegue mudar a opinião daqueles que não enxergaram beleza no RE20? Faço aqui minha confissão: - Também nunca achei esse carro belo, mas depois de apreciar o modelo que a Exoto fez, me deu vontade de comprá-lo.
Finalizando, gostaria de agradecer ao Samuel pelas belíssimas fotos e pela contribuição e deixo aqui um convite aos leitores que tiverem vontade de ter sua(s) miniatura(s) publicada(s) no blog para mandar suas fotos para meu e-mail. Terei um enorme prazer em publicar qualquer miniatura, de F-1 ou não e de qualquer escala. AU REVOIR...

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Mais belos carros by F1 RACING - os 7 carros que empataram na quadragésima segunda posição

Mais sete carros desfilam hoje pelo blog sua beleza segundo o gosto da revista F1 RACING, são os que empataram em número de votos na quadragésima segunda posição. Com o avanço das posições os posts tem ficado mais longos, por isso pode ser que esses 7 carros não caibam na página principal e, se isso ocorrer, é só chegar no final da página e clicar em POSTAGENS MAIS ANTIGAS que outra página se abrirá contendo o(s) carro(s) restante(s).

#42 - Renault RE20B - 1980/1981


DESIGNER: Michel Tetu
PILOTOS: René Arnoux, Jean Pierre Jabouille, Alain Prost
Vitórias: 3
Poles: 5
M.volta: 4
Pontos: 44

A Renault finalmente começaria a incomodar a supremacia dos motores Cosworth em 1980 com seu novo modelo RE20B, e mesmo não contando com um grande piloto conseguiu vencer três vezes em uma temporada extremamente equilibrada. Com a chegada de Alain Prost, a Renault
firmaria-se definitivamente como uma grande força da F1 em um futuro bem próximo e calaria a boca dos críticos de seu revolucionário projeto de motorização turbinada.
Pena para eles que havia uma pedra no caminho para o sucesso pleno (que só viria vinte e tantos anos depois) ... o nome dessa pedra: Nélson Piquet.

#42 - Lotus 78 - 1977/1978


DESIGNER: Ralph Bellamy
PILOTOS: Mario Andretti, Ronnie Peterson, Gunnar Nilsson, Hector Rebaque
Vitórias: 7
Poles: 9
M.volta: 7
Pontos: 106


Revolucionário Colin Chapman sempre foi, mas o Lotus 78 reservaria uma surpresa que nem o mago Chapman poderia imaginar:
"Quando Peter Wright notou que os patrocínios de combustível laterais de seu Lotus 78 estavam sendo sugados para baixo no túnel de vento, disse a Colin Chapman - e então nasceu o compreensível efeito-solo". - descrição da REVISTA F1 RACING.

E precisa dizer mais alguma coisa ou só essa "invençãozinha" basta?


#42 - Ligier JS11 - 1979


DESIGNER: Gerard Ducarouge
PILOTOS: Jacques Laffite, Patrick Depailler, Jacky Ickx
Vitórias: 3
Poles: 4
M.voltas: 3
Pontos: 61

No início da temporada de 1979 os carros da Ligier começaram a massacrar seus adversários ganhando as duas primeiras corridas, com direito a dobradinha no GP do Brasil. Muitos afobados já temiam uma nova supremacia, maior até do que a da Lotus em 1978. E foi justamente quando todos já previam - principalmente a imprensa - um suposto passeio dos carros franceses que Emerson Fittipaldi deu um profético e inteligentíssimo depoimento:

"... a explicação para o sucesso tão rápido do carro envolve uma certa dose de sorte: eles conseguiram uma combinação mecânica-aerodinâmica perfeita, coisa que é raro acontecer. Hoje, a superioridade dos Ligier é maior do que a da Lotus na temporada passada. E, o que mais impressiona: eles conseguiram essa superioridade com um carro simplíssimo, de construção até rústica. Por baixo, ele tem até barras e tubos aparecendo, coisa que não acontece nos melhores carros. Isso, acho, vai permitir que os demais se equiparem a ele mais rapidamente: para copiar os Lotus era difícil, de tão sofisticados, mas copiar os Ligier é fácil, pois são supersimples, pouquíssimos sofisticados. Isso, em outras palavras, quer dizer que o campeonato ainda não está decidido: os novos carros, que estrearão até o GP da Espanha, vão dar muito trabalho aos franceses."


Acho que Fittipaldi não podia imaginar quão proféticas seriam suas palavras, pois depois do GP do Brasil toda a superioridade dos bólidos franceses que a sempre tão afobada imprensa alardeava foi reduzida a pó pelas Ferrari e Williams, que venceriam 11 das 13 corridas restantes do campeonato. Mas um fato é indiscutível: a beleza do JS11, o carro é tão belo que seus kits de montagem na escala 1/20 são campeões de venda há muito tempo entre os plastimodelistas e colecionadores. Uma pena que ainda não existe diecast na escala 1/18 desse carro... senão já teria adquirido um.

#42 - Brabham BT46/B - 1978/1979


DESIGNER: Gordon Murray
PILOTOS: Niki Lauda, John Watson, Nélson Piquet
Vitórias: 4
Poles: 2
M.volta: 4
Pontos: 59

O Brabham BT46 causou grande expectativa no mundo da F1 no início de 1978 por prometer um pacote de inovações nas quais destacava-se o uso de freios de fibra de carbono, a introdução da telemetria carro-boxes e um complexo pacote aerodinâmico que visava bater os excelentes Lotus 79 de efeito solo. Gordon Murray ao perceber que o carro era bom, mas não tão eficaz para bater a Lotus, incorporou uma idéia de sucção mecânica colocando na traseira do carro um ventilador de sucção Chaparral, estava criado o BT46B mais conhecido como FANCAR (carro ventilador em inglês), veja a foto abaixo (clique para ampliar):


O BT46B estreou no GP da Suécia e levou o recém contratado Niki Lauda à vitória mais fácil de sua carreira. Choveram protestos alegando ilegalidade no recurso adotado pelo projetista sul-africano e o FANCAR foi aposentado apenas uma corrida após sua estréia vitoriosa. Derrota da Brabham que voltou a usar o convencional BT46, vitória de Bernie Ecclestone - dono da Brabham na época - que só aceitou abrir mão de seu dispositivo se as outras equipes aceitassem uma maior representatividade da entidade que ele presidia, a FOCA - que na época do imbróglio não tinha tanta influência nos rumos da F1. Foi então com essa astuta manobra que Ecclestone iniciou sua escalada rumo à centralização do poder na categoria máxima do automobilismo.
Quanto à beleza, dá para achar um carro com linhas aerodinâmicas como essas bonito? Tire suas dúvidas dando uma olhada em mais uma foto:


Só mais um detalhe final:
O BT46 foi o primeiro carro Brabham usado por Nélson Piquet na F1, o brasileiro correu com ele no GP da Argentina de 1979 - primeiro do ano - para logo em seguida no GP do Brasil estrear o péssimo BT48.

#42 - BRM P15 - 1951



DESIGN: Peter Berthon
PILOTOS: Reg Parnell, Peter Walker
Vitórias: 0
Poles: 0
M.volta: 0
Pontos: 2

A cor do carro impressionava na época, pois não se usava tons de verde como esse em pinturas automotivas. Pois se a cor impressionava pela singularidade o carro não tinha nada de mais para impressionar, uma vez que era considerado um "grande elefante branco do esporte a motor inglês, o BRM P15 foi rejeitado pela equipe e também pelo público", palavras da revista. Mas que era bonito isso ele era (clique em qualquer uma das fotos para ampliar).


#42 - Brabham BT20 - 1966/1969


DESIGNER: Ron Tauranac
PILOTOS: Jack Brabham, Denny Hulme, Guy Ligier, John Love, Silvio Moser, Peter de Klerk.
Vitórias: 8
Poles: 7
M.voltas: 4
Pontos: 115

O Brabham BT20 foi um dos carros mais carros bem sucedidos da história da F1 arrebatando os títulos de pilotos e construtores em 1966 e 1967. Marcou época também por ter se tornado o único carro da história a fazer de seu próprio construtor, Jack Brabham, campeão mundial de pilotos em 1966.



Seu chassi era muito robusto porém leve e foi moldado sobre o confiável motor REPCO derivado de um OLDSMOBILE americano, mas quem vai nos dar detalhes sobre o carro é seu piloto-construtor CAMPEÃO - afinal de contas a F1 só viu um até hoje, com a palavra SIR JACK BRABHAM:
"Eu planejei cuidadosamente o BT20 para essa temporada*. Imaginei que se o relativamente simples motor V8, de 3 litros, da Repco, andasse bem, poderia vencer uma das duas corridas do início da temporada, enquanto os motores dos outros ainda estivessem em desenvolvimento. A sorte, é claro, sempre põe seu dedo em todas as competições. Eu, por exemplo, tive sorte no GP da França, em Reims, mas não se pode depender somente da sorte. A máquina tem que estar perfeita se quiser vencer. Em janeiro, no GP da África do Sul, com o Brabham/Repco V8 portando-se muito bem, foi quando mais acreditei em minhas possibilidades. Em 1959 e 1960, venci com um simples motor de 4 cilindros. Não era um motor dos mais potentes mas o conjunto era perfeito. Esse ano*, segui o mesmo princípio: um motor simples mas bom, com um torque bem flexível, montado sobre um chassi que desenvolvi ano passado. O motor Repco V8, de 3 litros, é baseado no bloco de alumínio fundido do OLDSMOBILE F85 V8, foi um excelente motor da GENERAL MOTORS...

*NOTA DO BLOGUEIRO: Jack referia-se à temporada de 1966, mas o carro foi tão bem construído que fez sucesso também em 1967.

#42 - Ferrari F2003GA - 2003


DESIGNER: Rory Byrne
PILOTOS: Michael Schumacher, Rubens Barrichello.
Vitórias: 7
Poles: 5
M.voltas: 5
Pontos: 126

O F2003GA apesar de arrebatar os títulos de pilotos e construtores não foi nem sombra do carro que o antecedeu, o F2002, e o que sucedeu, o F2004, que massacraram seus concorrentes. E o fato que mais ilustra o aperto que a Ferrari passou em 2003 foi a Mclaren ter conseguido lutar pelo título até a última corrida com um carro completamente obsoleto.
Apesar de gostar do design desse carro, não gosto da tendência de nariz largo adotada por Rory Byrne desde o carro de 2001. O GA adotado na nomenclatura do carro foi uma homenagem ao presidente do grupo FIAT - proprietário da Ferrari - GIOVANNI AGNELI, falecido em 2003.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

VÍDEOS INCRÍVEIS 3 - Fórmula 1 dos tempos românticos



Gostou da miniatura do último post?
Gostaria de vê-la em ação?
Pois eis aqui neste vídeo, terceiro da coluna VÍDEOS INCRÍVEIS, uma oportunidade de ver não só a Mclaren M23 do RATO em ação como também as Ferraris de Lauda e Regazzoni, a Tyrrell de Scheckter, a Lotus de Peterson e tantos outros.
Optei por este vídeo no intuito de satisfazer alguns pedidos que me chegaram por e-mail de amigos que ficaram extasiados com as imagens do clip do Robbie Williams - VÍDEOS INCRÍVEIS 2 - e me pediam mais imagens dos "estranhos" e "fascinantes" carros da década de 1970. Daí decidi unir três anseios em um só post: "dar vida" ao modelo do último post, saciar a vontade dos amigos ávidos por F1 dos anos setenta e render mais uma homenagem ao Emerson, afinal de contas ninguém merece ser mais reverenciado no Brasil em termos de esporte a motor do que o nosso RATO. E para corroborar a homenagem: imaginem quem inicia o vídeo pilotando um... ah, descubram vocês mesmos.

sábado, 24 de novembro de 2007

MINIATURA DA VEZ 5 - Mclaren M23

Nada melhor para quebrar um certo clima de tristeza deixado pelo último post que apresentar uma bela miniatura. É com muito orgulho que apresento hoje a vocês minha Mclaren M23 campeã do mundo com ninguém menos que o fabuloso EMERSON FITTIPALDI, já era tempo de render glórias ao nosso "bandeirante" da velocidade. O modelo, como de praxe, sofreu aquela transformaçãozinha básica que consistiu na adição dos adesivos MARLBORO. Observem nas fotos abaixo quão minucioso foi o trabalho de aplicação dos decalques prestando atenção em partes menores como, por exemplo, a viseira do capacete da figura do piloto (clique para ampliar) :


Antes de prosseguir atente para a foto abaixo, onde o modelista foi sublime ao aplicar um fundo branco sobre a coloração vermelha da lateral do aerofólio traseiro modelando a forma geométrica característica da marca de cigarros - aquela forma que se assemelha a uma bandeirinha de festa junina - para só depois aplicar a inscrição Marlboro:


Muito legal, não? Pois é, e o autor de tamanha proeza é o meu grande amigo SAMUEL LIMA, um cara extremamente bacana e humilde, maior virtude que um ser humano pode ter em minha opinião. O Samuel reside em São Paulo e possui uma belíssima coleção de miniaturas 1/18 quase todas de F1, mais um louco do bem a gastar pequenas fortunas com modelos de metal. Para quem ainda não conhece é essa figuraça aí:


OPS! Peraí ô Samuel!?! Que idéia é essa de imitar a foto do perfil do meu blog?
Brincadeiras a parte, o Samuel é um grande modelista e se alguém quiser ter sua miniatura "tunada" por ele entre em contato através de seu e-mail: samuelrlima@terra.com.br . O trabalho acima é uma pequena amostra de seu potencial.
Ah, e para quem gosta de comparações aí vai uma foto da miniatura originalmente lançada pela MINICHAMPS sem os decalques tabagistas. Sua escala, como sempre, é 1/18:

Fatos que marcam

Você conhece a história da bela jovem da foto acima, a venezuelana Jacqueline Saburido? Se não conhece, viaje comigo neste impressionante relato:

O ano era 1999 e a estudante de engenharia venezuelana Jacqueline Saburido decide interromper os estudos para passar uma temporada nos Estados Unidos visando, dentre outras metas, estudar e aprimorar-se na língua inglesa. Jovem, bonita, extrovertida e bem articulada não tardou em fazer diversas amizades. Sua felicidade era plena até chegar o dia 19 de setembro, dia que reuniu-se com seus novos amigos para comemorar o aniversário de um deles. A festa foi divertida e transcorreu sem nenhum excesso ou incidente que poderia comprometer o clima alegre que imperava. Ao cair da madrugada, Jacqueline acompanhada de mais quatro amigos decidem ir embora juntos no mesmo carro e no caminho de casa encontram uma bela caminhonete, nova e devidamente "customizada", guiada por um jovem americano de classe média alta que saía de um encontro casual com amigos em que todos bebericavam alegremente sem, aparentemente, maior compromentimento de seus reflexos de coordenação motora. É aquela velha mania que nós mesmos já presenciamos tantas vezes: -Bêbado eu? Imagina? Só tomei uma ou outra cervejinha, "tô" bom demais para dirigir... E foi neste contexto que o carro dos cinco amigos que alegremente voltavam de uma festa de aniversário foi abalroado pela reluzente caminhonete do autoconfiante jovem de uma forma tão violenta que imediatamente incendiou-se. O que se seguiu então foram cenas apavorantes que culminaram com a morte de dois dos cinco ocupantes do carro flamejante. Mas, e a jovem à qual me referi no início do relato, poderiam me perguntar vocês, qual foi o destino dela?
Meus caríssimos amigos, não responderei a vocês imediatamente com palavras e sim com as seguintes imagens:








Essas imagens, meus caros são de Jacqueline Saburido após a tragédia que mutilou suas orelhas, seu nariz, sua pálpebra esquerda, seu cabelos e todos os dedos de suas mãos, além de ter queimado cerca de 60% de seu corpo e ter deixado-a quase que completamente cega. Jacqueline já sofreu mais de 40 intervenções cirúrgicas, incluindo um transplante de córnea que restarou quase completamente sua visão esquerda, e continua lutando contra dores lancinantes que a atormentam diariamente. Isso sem contar com o sofrimento de estar afastada do convívio com seus familiares, uma vez que ela precisou mudar-se definitivamente para os EUA devido ao seu tratamento que só poderia ser realizado satisfatoriamente lá, podendo contar apenas com a companhia do pai (última foto) que largou tudo para acompanhá-la.
Mas, afinal de contas, qual a finalidade de eu estar relatando aqui em meu blog semelhante história? Meus caros, uma vez que nós todos somos tão apaixonados por carros e velocidade, é muito natural que um fato como esse não poderia passar despercebido. Não que eu tenha alguma pretensão de - com um blog particular como o meu, postado por um leigo em jornalismo - querer dar alguma força à cruzada contra a maléfica associação álcool-direção. O caso todo é que este fato mexeu demais comigo e gostaria dividir com vocês toda minha tristeza ao saber o tamanho estrago que umas despretensiosas "biritinhas" pode causar na vida de tanta gente e, principalmente, o grau de sofrimento extremo que um ser humano pode ser submetido por causa de um erro de julgamento, ou vocês acham que o jovem poderia imaginar que seria o artífice de tamanha desgraça?
Por isso, meus amigos, que reflitamos sempre antes de pegar o volante depois daquela "festinha" em que bebemos só um "golezinho"...Que o sofrimento dessa jovem valha uma mudança de postura: bebeu, nem que seja um copo, definitivamente não dirija. Quem quiser se inteirar da comovente história de Jacqueline entre no seguinte site: www.helpjacqui.com .