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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Sonho de criança



Em minha infância fui daqueles garotos  que adorava passar boa parte de seu tempo livre brincando com carrinhos de ferro (designação dada por nós às miniaturas de carros na década de 80), comprava-os aos montes e, na maioria do tempo, montava corridas com eles. Os carrinhos eram extremamente simples, do tipo brinquedinho mesmo, feitos por marcas baratas, tais como MAJORETTE e MATCHBOX, que seriam análogas hoje em dia às confeccionadas pela marca HOTWHEELS. E, desde bem pequeno, comecei a notar uma particularidade que muito me incomodava nessas miniaturas: sempre que ia comprar uma nova procurava por um PASSAT, um CHEVETTE ou um CORCEL, carros que minha família tinha na época, mas nunca os encontrava pois os modelos oferecidos eram somente os estrangeiros, quase todos americanos ou europeus. Confesso que carreguei essa frustração até crescer, virar adolescente e me interessar por outras coisas, esquecendo-me momentaneamente dos "carrinhos".

O tempo passou, tornei-me adulto e retomei a paixão de criança quando me deparei com os DIECASTS... nova modalidade de miniaturas, feitas para adultos, com alto grau de sofisticação e detalhamento dos carros oferecidos em escalas diferentes de acordo a atender o gosto de cada um, FOI UMA MARAVILHA me deleitar com todas aquelas verdadeiras réplicas dos carros normais. Comecei minha nova coleção com uma escala grande, 1/18, e comprava apenas carros de Fórmula 1. Modelos marcantes figuraram em minhas prateleiras, tais como a esguia Brabham BT 52  do bicampeonato mundial de Nélson Piquet e a belíssima LOTUS 97T da primeira vitória de Ayrton Senna em 1985. Como meu interesse por Fórmula 1 foi diminuindo à medida que a categoria se deteriorava na capacidade de gerar espetáculos, fui migrando gradativamente para os carros de rua que mais gostava, a escala continuava a mesma 1/18, E QUAL NÃO FOI MINHA ENORME SURPRESA QUANDO ME DEPAREI COM MINHA ANTIGA FRUSTRAÇÃO: CADÊ AS MINIATURAS DE CARROS NACIONAIS ??? Simplesmente não existiam... Tive que contentar então com os mesmos carros estrangeiros de outrora.

Até que num belíssimo dia recebi a grande notícia que o jornal carioca EXTRA faria uma série de miniaturas exclusivamente de carros nacionais. Fiquei exultante num primeiro momento para frustrar-me posteriormente ao tomar conhecimento  que as miniaturas não seguiriam o padrão de escalas para colecionadores, cada um teria um tamanho aleatório e seriam manufaturadas de maneira bem simples, não muito elaboradas (boa parte nem retrovisor lateral tinha). Contentei-me, então, e comprei a coleção inteira de 24 miniaturas, mas o sonho juvenil ainda não estava completamente realizado, ATÉ QUE: SURGE A COLEÇÃO CARROS INESQUECÍVEIS DO BRASIL !!! Um projeto ousado lançado pela editora PLANETA DEAGOSTINI que prometia o lançamento de 50 miniaturas, isso mesmo, CINQUENTA miniaturas diferentes de carros nacionais todas na escala de colecionador 1/43 e acompanhadas de fascículos educativos com a história de cada carro encadernáveis em duas capas duras temáticas. Além de tudo isso, as miniaturas viriam protegidas por cases individuais de acrílico com base e, para quem se tornasse assinante do projeto, 3 brindes seriam oferecidos: 2 miniaturas temáticas, uma ambulância e uma viatura de polícia, mais um diorama de posto de gasolina. Para, finalmente, ver meu sonho de mais de vinte anos realizado bastava assinar a coleção que chegaria mensalmente em meu endereço, a editora manda geralmente 3 miniaturas por mês.

CONCLUSÃO: SONHO REALIZADO, VELHO GAROTO FELIZ !!! Hoje, já possuo 40 miniaturas de carros nacionais, cada uma mais linda do que a outra, decorando as estantes de meu consultório e prateleiras de meu escritório residencial  e espero avidamente a chegada dos modelos restantes. Para celebrar a realização deste sonho publicarei aqui em uma série denominada MARAVILHAS DO BRASIL todas as miniaturas da coleção, com fotos exclusivas tiradas pela excelente fotógrafa CÁSSIA MALHEIROS.

É esperar para conferir: HERE COMES MARAVILHAS DO BRASIL !!! 

domingo, 8 de julho de 2012

GP da Inglaterra Highlights - O canguru desafiador


Mark Webber venceu o GP da Inglaterra hoje, nona etapa do campeonato mundial de Fórmula 1, com uma ultrapassagem em cima do grande xodó das torcidas ao redor do mundo, Fernando Alonso, no finalzinho da corrida. Alguns fatores atenuantes poderiam ser levados em contas na tentativa de diminuir a importância da vitória de Webber, como: o magnífico carro da Red Bull - que depois das atualizações feitas por Adrian Newey sacramentou sua liderança entre os melhores carros do ano - e o brilhante staff técnico rubro-taurino  por trás do australiano, que organizou uma estratégia perfeita preparando o "pulo do gato" para alcançar a liderança no final da corrida. Mais ainda, poderiam salientar alguns: a ultrapassagem foi concretizada usando o DRS, o que facilitou demais a manobra. Tudo isso é verdade, mas, mesmo assim, o componente humano (no caso a pilotagem de Webber) foi preponderante na concretização da manobra fatal, arrojada e precisa, contra um aguerrido Fernando Alonso que vendeu caro a vitória. Mark Webber foi em Silverstone o que normalmanente não é: mentalmente forte.
Agora resta saber se Mark Webber, capaz de protagonizar uma grande vitória hoje - não foi histórica ou épica, mas foi grande - está preparado para manter o foco mental necessário para enfrentar o gigantesco desafio de lutar pelo título contra dois grandes monstros no quesito força mental: Fernando Alonso e Sebastian Vettel.

O GP da Inglaterra corroborou hoje a marca registrada da nova e prazerosa Fórmula 1 de 2012: O ESPETÁCULO. Foi uma grande corrida, deliciosa de assistir com grandes disputas por posições desde seu início até o final. Pilotos arrojados disputaram freadas milimétricas até as últimas consequências em todos os pelotões do grid, momentos-pastelão que integram o show foram protagonizados pelo excesso de vontade dos Maldonados e Kobayashis da vida e, muito, MUITO GLAMOUR se viu em Silverstone hoje, quesito que não poderia faltar no solo sagrado da realeza mais famosa do mundo. Listemos, a seguir, outros destaques da corrida, além do brilhante vencedor é claro:

1- EQUIPE RED BULL:        
 
Extremamente competente, foi responsável direta pelo pódio de Sebastian Vettel, pois, na primeira rodada de pit stops, o fez ganhar, antecipando sua troca de pneus, as posições de Felipe Massa e Michael Schumacher, que se engalfinhavam na pista àquela altura dos acontecimentos.


2 - FELIPE MASSA:

Até que enfim uma corrida consistente, que o levaria ao pódio se não fosse a competência estratégica da equipe Red Bull. Há que se ressaltar a "SENHORA" ultrapassagem sobre Michael Schumacher no início da prova, arrancando dele, na marra, a terceira posição. 


3 - BRUNO SENNA:

Grande batalha com Nico Hülkenberg no final da corrida pela nona posição, vencida com a gana peculiar de quem carrega o sobrenome Senna.


4 - PÚBLICO:

Mais de CEM MIL ENTUSIASMADOS TORCEDORES lotaram as dependências de Silverstone no mesmo DIA E HORÁRIO em que um BRITÂNICO disputava a final do torneio de tênis mais importante do mundo, Wimbledon, fato que não acontecia fazia mais de 70 ANOS. 


Para finalizar, em todo post pós-corrida, a partir deste, deixarei uma SUGESTÃO PARA MINIATURA, ou seja, um fato ou um carro especial do próprio GP que poderia ser eternizado através da confecção de uma miniatura colecionável em diecast. Para o GP da Inglaterra as sugestões são duas:

1 - RED BULL: não pela vitória de Webber, mas sim pelo sensacional layout adotado na corrida britânica por causa de sua campanha beneficente "Faces of charity", mais informações clique aqui. A colagem de fotos dos colaboradores da campanha ficou ESTUPENDAMENTE BELA (clique nas fotos para melhor visualização) e o desafio para miniaturizar o momento seria gigantesco, mas eu adoraria ver alguém se propondo a aceitá-lo.   


 

 



2 - LOTUS: o layout dos Lotus não ficou tão belo quanto o da Red Bull, mas a adoção do patrocínio do novo filme do Batman nas laterais dos carros de Grosjean e Räikkönen deixou-os bem mais interessante (clique nas fotos para melhor visualização). É um trabalho relativamente fácil de realizar para um modelista experiente e ficaria uma miniatura BEM LEGAL.  









FOI MAIS UM GRANDE FINAL DE SEMANA DA ESPETACULAR FÓRMULA 1 DE 2012, DIGNA DO SOLO SAGRADO QUE A VIU NASCER.


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Post pré-corrida: GP da Inglaterra




O GP da Inglaterra marca o retorno do blog à coluna POST PRÉ-CORRIDA. Para quem não conhece, trata-se de um post que revive momentos de corridas passadas no país específico onde ocorrerá o próximo GP, uma pequena prévia para ir aquecendo os motores de nossa emoção. O post conta sempre três histórias distintas usando para tal UMA IMAGEM, UMA MINIATURA e UM VÍDEO de fatos alusivos ao GP. Explicações dadas, vamos ao post:

1 - A IMAGEM:


Sempre ouvimos falar na expressão gol de placa quando um tento futebolístico atinge um alto grau estético porque convencionou-se a celebrar tal feito, algumas vezes, imortalizando-o com uma placa em sua homenagem. Os ingleses resolveram prestar o mesmo tipo de homenagem à genial volta inicial de Ayrton Senna em Donington Park no ano de 1993, isto é, inventaram para a Fórmula 1 uma VOLTA DE PLACA (clique na foto para melhor visualização). Os mais eruditos no automobilismo poderiam denunciar como uma gafe minha ao apontar esta imagem como memória do GP da Inglaterra, uma vez que a corrida da pista de Donington em 1993 foi batizada de GP da Europa. Entretanto, permito-me incorrer neste pequeno "deslize" mesmo assim, afinal de contas quando é que teremos novamente um lance da Fórmula 1 eternizado em uma placa?


2 - A MINIATURA:

                                                                  

A miniatura escolhida relembra um fato histórico: a primeira vitória da Scuderia Ferrari na Fórmula 1 com o argentino José Froilán González em 1951. A miniatura representa um diorama que mostra, além do Ferrari 375 F1, as figuras do "Touro dos Pampas" (alcunha de González na Europa) e do Commendatore Enzo Ferrari. Sua base traz ainda uma simulação da pista de Silverstone (com cerca de proteção e canteirinho estilizados) e duas belas placas de metal contendo as assinaturas de González e de Frederic Stuber, artista que confeccionou o lindo diorama (clique na foto para melhor visualização de seus ricos detalhes).
A escala do diorama é 1/43 e a melhor notícia vem agora: PODE SER ADQUIRIDO, clique aqui para maiores informações: http://www.preciolandia.com/br/suber-fred-ferrari-375-f1-british-gp-195-3q7xs6-a.html

3 - O VÍDEO:


Já que no último post exaltamos a capacidade de pilotos espetaculares conseguirem superar os limites de seus carros, nada melhor para ilustrar essa rara habilidade do que dar uma olhada neste vídeo que mostra o que Ayrton Senna foi capaz de fazer com um Lotus-Renault de 1985 AVARIADO (desde o início do vídeo o negro bólido enfrentava sérios problemas elétricos) contra o melhor carro do grid, o Mclaren-Tag Porsche do piloto que se sagraria campeão do mundo em 1985, Alain Prost.


Créditos:

Foto 1: magnaen.deviantart.com
Foto 2: Paul Reynolds 
Foto 3: preciolandia.com
Vídeo: Youtube;

quarta-feira, 25 de março de 2009

Felicidade !!!

Lotus 49, considerado por especialistas um dos 3 carros mais bonitos de todos os tempos. Carro clássico em que correu a lenda JIM CLARK em 1967, um dos melhores campeonatos de toda a história da Fórmula 1. Imaginem qual o valor de uma peça de memorabilia de um carro fantástico como esse... Ah, lá vem mais uma miniatura, poderiam pensar vocês, mas não desta vez. O motivo de minha enorme felicidade foi a chegada ontem de um ítem de memorabilia especialíssimo de um dos meus carros preferidos, não vou traduzir em palavras meu contentamento, vou compartilhar com vocês as imagens do motivo de tanta alegria:



MAIS UM ÍTEM ESPECIALÍSSIMO PARA MINHA COLEÇÃO DE INDUMENTÁRIA DA FÓRMULA 1.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Um veto e suas consequências

O ano era 1985, o mês, setembro, a uma corrida do tão sonhado título - que viria em Brands Hatch, antepenúltima etapa do campeonato - Alain Prost finalmente triunfaria na Fórmula 1, após duas decepcionantes derrotas (uma para Piquet em 1983 e outra para Lauda em 1984), Niki Lauda aposentaria, Nélson Piquet se transferiria para a Williams para novamente brigar por títulos, Keke Rosberg substituiria Lauda na Mclaren e mediria força com Prost - mal sabia a surra que tomaria, pobre coitado - e Ayrton Senna ficaria incumbido de liderar o audacioso projeto de trazer a Lotus de volta à briga por títulos... E é justamente aqui que começa nossa história de hoje, mas antes de começar a narrá-la, adicionemos um importante fato anunciado em setembro também: após anos de tentativas frustradas de conquistar títulos, a Renault (foto 2) resolve abandonar a Fórmula 1.

Com a saída da Renault, uma grande promessa inglesa fica sem cockpit para o ano seguinte, Derek Warwick. Carente de ídolos na Fórmula 1 - Mansell ainda não havia desabrochado seu enorme talento - e acreditando muito no potencial de Warwick, a imprensa inglesa inicia um forte lobby para que a também inglesa equipe Lotus contrate Warwick para o lugar do recém demitido Elio de Angelis, de malas prontas para substituir Nélson Piquet na Brabham. Peter Warr, chefe de equipe da Lotus, começou a ser fortemente pressionado pelos veículos de imprensa ingleses e estava inclinado a ceder à essa pressão favorável à contratação do jovem promissor inglês, mas esbarrou num obstáculo gigante: Ayrton Senna. Senna vetou taxativamente a idéia de ter Derek Warwick como seu companheiro de equipe, fato que desencadeou uma profunda ira dos ingleses contra a estrela emergente brasileira. À partir do veto de Senna, a imprensa inglesa intensificou o bombardeio contra Warr alegando que se ele cedesse à recusa do brasileiro, perderia totalmente o controle sobre sua equipe. Warr tentou então demover Senna de sua decisão e a resposta do brasileiro surgiu através da seguinte declaração:

"O caso é bem simples. Compreendo perfeitamente o problema. Quando o Warwick ficou sem carro, entendi que ele merecia que lhe dessem uma força, mas a Lotus tem um contrato comigo desde um ano antes, em que é claro que em 1986 as atenções têm que estar focadas em mim. O problema não é o Warwick, mas o cumprimento de um acordo. Se entrasse um piloto de primeira linha para a equipe, qualquer que fosse, de que forma a Lotus poderia cumprir o contrato comigo, se estava violando o espírito desse acordo? Efetivamente, coloco a hipótese da minha saída se isso acontecer, pois representaria quebra de acordo por parte da Lotus."


Trocando em miúdos: OU ELE OU EU !!!


Saia justa total para Peter Warr, que entre ficar com Senna ou Warwick, obviamente optou pelo brasileiro, o que acarretou a declaração de uma verdadeira GUERRA contra Senna na Inglaterra, onde o brasileiro era atacado com uma avalanche de piadas sarcásticas que o taxavam de covarde, o clima de galhofa era tal que chegaram a sugerir à Lotus que mudasse seu nome oficial para JOHN PLAYER SPECIAL TEAM... SENNA. A imprensa brasileira, talvez no intuito de blindar Senna contra uma possível mancha na imagem do novo ídolo nacional, pouco noticiou o fato. Mas eu, no auge de minha pré-adolescência - tinha doze anos na época - e estudando inglês vorazmente, devorava periódicos e revistas ingleses e posso dizer com toda propriedade que a polêmica gerada na terra da Rainha foi maior até que o recente escândalo Stepneygate, para efeito de comparação.
Duvidam ??? Então, leiam duas declarações sobre o caso, a primeira de Peter Warr (na foto abaixo à esquerda, junto com Elio de Angelis):

"Na equipe quem MANDA SOU EU, mas é evidente que todas as decisões importantes são tomadas depois que Ayrton Senna dê sua opinião"


A segunda declaração, mais incisiva ainda, é do próprio Warwick (foto abaixo), que 18 anos depois do imbróglio ainda deixa claro seu ressentimento:

"Eu acho que Senna foi provavelmente o melhor piloto que já existiu, mas ele provavelmente ARRUINOU minha carreira. Ele tinha convicção de que a Lotus não podia ter dois pilotos de primeira linha, mas também sabia que eu era uma ameaça tanto dentro quanto fora das pistas, e talvez tivesse até uma condução superior. De uma coisa eu tenho certeza, adoraria ter sido companheiro de equipe de Ayrton para ver o quão bom eu poderia ter sido e lembrem-se que nenhum dos meus companheiros conseguiram ser tão bons ou rápidos quanto eu fui".

De nada adiantou a chiadeira inglesa, a Lotus acabou contratatando um piloto medíocre, o conde Johnny Dumfries (foto abaixo), para fazer mera figuração em 1986 e Warwick acabou ficanco a pé. Ironicamente, Warwick substituiria Elio de Angelis - a quem ele queria tanto suceder na Lotus - a partir do GP do Canadá (sexta corrida de dezesseis do certame) na Brabham-BMW devido ao falecimento do italiano numa sessão de testes em Paul Ricard, no dia 15 de maio. E a Lotus liderada por Senna, conseguiria duas parcas vitórias no campeonato, um modesto quarto lugar no mundial de pilotos e a terceira colocação no mundial de construtores, com o Conde Dumfries colaborando somente com 3 míseros pontos para a campanha da equipe inglesa.


A Derek Warwick NUNCA seria dada a chance de guiar um carro de ponta.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Mais belos carros by F1 RACING: O décimo sétimo colocado

Aí vem mais uma beldade...
Como em um concurso de miss, esse tópico só mostra coisa bonita, e a bela da vez é mais uma criação do gênio inventivo de Colin Chapman:




# 17 - LOTUS 25 - 1962/1967

Designer: Colin Chapman
Pilotos: Jim Clark, Piers Courage, Chris Amon, Jack Brabham, Pete Arundell, Pedro Rodriguez, Mike Spence, Mike Hailwood e outros oito mais...
Vitórias: 14
Poles: 18
M.voltas: 14
Pontos: 156

Primeira Lotus a conquistar um título mundial, o TYPE 25 arrebatou, nas mãos do mito escocês JIM CLARK, nada menos do que SETE vitórias em apenas DEZ corridas do certame de 1963. Foi um banho na concorrência, tanto que Clark foi campeão absoluto com assombrosos 63 pontos contra apenas 29 do vice-campeão, Graham Hill.

A vitoriosa parceria Lotus/Chapman/Clark ainda teria mais um capítulo repleto de felicidades em 1965, mas nada foi tão arrebatador e massacrante quanto o campeonato abocanhado à bordo do Type 25. Glórias semelhantes poderiam ser concretizadas novamente em 1968, mas - infelizmente para a Fórmula 1 - Clark sucumbiu ante a morte antes que isso acontecesse...

Mas, como o tópico aborda a beleza dos carros, o Type 25 é um daqueles representantes da Fórmula 1 completamente enxuta dos anos 60, sem nenhum auxílio aerodinâmico. Os carros eram extremamente crus: motor, chassi reto e rodas - finas rodas. Imaginem quão difícil deveria ser domar um bólido cru como esse. Muita gente não gosta do design dos carros da primeira metade da década de 1960 por achá-los simplórios demais, mas para quem sabe admirar o desenho limpo dos carrinhos que eram chamados de baratinhas, o Type 25 não pode passar despercebido...

Agora contemplem cada detalhe do Lotus 25 e tirem sua própria conclusão: BELO? SIMPLES DEMAIS? EU AMO O CARRO !!!







sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Mais belos carros by F1 RACING - os 3 carros que empataram na décima nona posição

E enfim chegamos aos top 20, daqui para frente não tem jeito, não há como ter dúvidas sobre a beleza dos carros - afinal de contas alguns que constaram nesta eleição são bem feinhos, né? - o que podemos questionar é sobre o motivo da classificação de um ou de outro, aquela coisa do: "esse merecia uma posição melhor na lista" ou "por que tal carro está tão bem classificado?", mas a beleza dos top 20 é indiscutível, ou como diria Caetano Veloso: "ou não..."Vamos então às "baratas" da vez:

#19 - LOTUS 97T - 1985


Designer: Gerad Ducarouge
Pilotos: Elio de Angelis, Ayrton Senna
Vitórias: 3
Poles: 8
Pontos: 71


Ih, a polêmica já pode começar por este carro mesmo, considerado por muitíssima gente como o mais bonito de todos os tempos, o 97T encabeça a lista apenas da décima nona posição, frustante
não? Esse belíssimo carro é marcante porque soube aliar seu leiaute maravilhoso de negro-dourado a um desenho aerodinâmico fantástico, obra-prima do competente e saudoso Ducarouge.


O carro, além de lindo, era muito bom apesar de quebrar demais, e nas mãos de dois grandes pilotos conseguiu emplacar vitórias marcantes: a primeira de Senna e a última de De Angelis, mas apesar de bom não era um carro para se disputar o título, seria como um BMW-Sauber nos tempos atuais só que com pilotos superiores, faço essa simples analogia só para que o leitor mais novo possa ter um ponto de referência com algo dos tempos presentes. A foto abaixo traz em close os dois sensacionais triunfos de Senna no seu habitat natural: o aguaceiro em Estoril e em Spa Francorchamps (clique nela para melhor visualização):


E eis Senna em "cena" no aguaceiro, o 97T foi o carro que veio confirmar o que o Toleman TG184 revelara: a F1 seria testemunha do seu maior representante em pistas úmidas, molhadas ou encharcadas, Senna mostrou ao mundo que - em pistas molhadas - seria imbatível guiando qualquer máquina que lhe fosse dada.


Mas antes de terminar, vale aqui um registro especial do fabuloso Elio de Angelis, sempre tão querido no meio esportivo, fez em 1985 sua temporada de despedida da Lotus - sua casa por muitos anos - com competência e galhardia, chegando a vencer o GP de San Marino e que infelizmente se transferiu para uma decadente equipe Brabham no ano seguinte, que serviu apenas de decepção para uma carreira que certamente teria muito a mostrar, se não fosse o fatídico teste do dia 15 de maio de 1986, dia em que recebemos consternados a notícia da morte de um dos grandes representantes do automobilismo de talento puro. Uma pena, pois De Angelis tinha muito ainda a mostrar, foi-se embora o ÚLTIMO CAVALHEIRO DA F1...
AVE LOTUS 97T !!! CASA DE DOIS MONSTROS DA F1, SENNA E DE ANGELIS !!!



#19 - HONDA RA301 - 1968


Designer: Yoshio Nakamura
Pilotos: John Surtees, Jo Bonnier, David Hobbs
Vitórias: 0
Poles: 1
M.volta: 1
Pontos: 14


Falando em beleza, a Honda realmente sabia das coisas na década de 1960, pois só fez carros belos. Como eram belas as máquinas japonesas com seu leiaute impressionante e seu desenho prodigioso, repare os detalhes dessa máquina primorosa nas fotos em close (clique nelas para ampliar) de cada parte que o constituía:

Bico diferenciado com arrojos aerodinâmicos para a época:

Presença da "nova onda" dos anos 60, aerofólio traseiro proeminente:

Trabalho minuciosamente acurado até nos detalhes do motor com seu impressionante sistema de escapamentos:

E aí podemos atear mais fogo ainda à polêmica: pode um carro desses figurar uma lista de décimo nono???
Uma pena que o tão belo carro projetado por Nakamura-San fosse tão ruim, triste sina da Honda na F1 quando se mete a ter uma equipe completa...
O carro era ruim e pesado, tão ruim que conseguiu desanimar o campeão mundial John Surtees, que apesar de emprestar todo seu talento à equipe nipônica, conseguiu apenas um frustrante e solitário segundo lugar como melhor resultado no GP francês, em uma das mais trites temporadas que a F1 presenciou por causa da morte de seu maior ídolo: Jim Clark.
E eis o grande Surtees em ação em seu belo porém raquítico RA301:



#19 - SHADOW DN5/B - 1975/1977


Designer: Tony Southgate
Pilotos: Tom Pryce, Jean Pierre Jarrier, Renzo Zorzi
Vitórias: 0
Poles: 3
M.volta: 2
Pontos: 17,5


Representante legítimo dos anos 1970 com suas enormes e horrorosas tomadas de ar, o DN5 era tão bonito que conseguia disfarçar seu "cupim" tão proeminente e medonho. Sendo assim, beleza era seu ponto forte, pois se analisarmos seu desempenho, o Shadow não figuraria em lista nenhuma de grandes carros da história da F1, e olha que o carro projetado pelo renomado Tony Southgate correu justamente nos sempre tão competitivos e equilibrados anos 70, se corressem hoje estariam fadados a lutar por pontos.


Mas como a lista se refere a beleza, aí sim o Shadow tem seu lugar garantido entre os destaques de belos bólidos. Seu leiaute é muito bonito e seu design não fica atrás. Nas palavras da F1RACING: "O DN5 desenhado por Tony Southgate era um dos mais imponentes carros na pista"


Antes de terminar, gostaria de deixar registrado aqui algo incomum para os posts dos mais belos carros: o bom gosto do pessoal da Shadow era tão grande que não se restringiu a construir somente um carro belo, "bolaram" um dos mais interessantes logotipos da história da F1 (foto abaixo).

Mas essa história de incluir o logotipo é invenção do blogueiro que vos fala, nada tem a ver com a publicação da renomada F1RACING.