sexta-feira, 21 de novembro de 2008

GP MASTERS - Por que parou? Parou por quê?

Nunca fui muito fã de nada no automobilismo que não fosse Fórmula 1, acho interessante ver alguns flashes de rali para conferir a perícia dos pilotos em terrenos diversos e incrivelmente difíceis de se equilibrar em cima de um carro tão veloz e SÓ... Detesto qualquer coisa que venha dos EUA sob a forma de automobilismo (não suporto nem a tal das 500 milhas), não tenho paciência para moto GP, não gosto de corridas de turismo e muito menos dessa tal de A1GP que criaram nem sei para quê. Meu negócio sempre foi Fórmula 1, amo a FÓRMULA 1 e não o automobilismo.
Mas, curiosamente, a pouco tempo atrás criaram uma categoria que muito chamou minha atenção: a GP MASTERS, que consistia na disputa com chassi e motor iguais entre veteranos da Fórmula 1. Aqueles caras que nunca queríamos que tivessem aposentado, mas que por força do sempre inexorável tempo tiveram que pendurar o capacete. O grid estava cheio de feras como Nigel Mansell, Emerson Fittipaldi, René Arnoux, Jacques Laffite, Derek Warwick, Riccardo Patrese, Christian Danner, Hans Joachim Stuck, Andrea de Cesaris, Eddie Cheever e outros mais. Os carros não tinham recursos eletrônicos e a alavanca de marcha era manual, ou seja , era uma festa do automobilismo puro, da habilidade humana controlando completamente a máquina. E não é que os velhinhos davam show... A corrida inaugural foi na África do Sul em 2005 , abrigou um público superior a muitas corridas da atual Fórmula 1 e foi magnífica. Um verdadeiro espetáculo do eterno showman Mansell e um competitivo Fittipaldi que cruzaram a reta de chegada praticamente colados, e disputas interessantíssimas entre os loucos Stuck e de Cesaris. Todos os presentes saudaram os pilotos com entusiasmo contagiante, certos de que finalmente tinham conseguido vislumbrar uma categoria alternativa digna de dar espetáculos similares aos da Fórmula 1. Foi um frisson da imprensa que já especulava a inclusão de nomes como Alain Prost e Alan Jones para abrilhantar ainda mais a nova categoria, mas... A IDÉIA MORREU!!!
Logo depois dessa corrida inaugural na África do Sul - meramente demonstrativa - decidiram fazer um campeonato regular para o ano de 2006, mas houve apenas três corridas - Qatar, Inglaterra e outra na África do Sul - e no meio do campeonato o grupo responsável pela organização da categoria faliu. Ninguém comprou a idéia e a emocionante categoria que estava atingindo o objetivo de trazer de volta os saudosos shows de figuras marcantes do automobilismo morreu prematura.
UMA PENA, VERDADEIRA PENA... Imaginem vocês se a idéia tivesse vingado estaríamos entrando agora na quarta temporada e poderíamos estar vendo no grid - além dos já citados - nomes como Nélson Piquet, Damon Hill, Alessandro Nannini, Thierry Boutsen e outros mais medindo forças em carros que tinham mais de 600 cavalos de potência e chegavam a 320 KM/H. E esperando para estrear - já que o limite mínimo de idade estipulado para competir era de 45 anos - poderíamos ter Mika Häkkinen, Michael Schumacher, Jean Alesi, Jacques Villeneuve e Heinz Harald Frentzen.

POIS É... EM TEMPOS DE FÉRIAS DE COMPETIÇÃO NA FÓRMULA 1 TER QUE ATURAR A1 GP E SIMILARES E NÃO TER A GP MASTERS MAIS PARA NOS DIVERTIR É INSUPORTÁVEL. POR ISSO QUE COLECIONO MINIATURAS DE FÓRMULA 1...

Resta do sonho tão curto algumas - marcantes - imagens:



Para finalizar, na corrida inaugural vi muita gente da velha guarda da imprensa - gente do quilate de Murray Walker e Reginaldo Leme - literalmente chorar de emoção no momento da apresentação dos pilotos em Kyalami ao som de BEAUTIFUL DAY do U2.

COMO DEIXAM UMA IDÉIA TÃO BRILHANTE E ONÍRICA MORRER ???