quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Automobilismo norte-americano: "um pé no saco", desculpem-me pela expressão

Nesses últimos dias tenho lido aqui e ali sobre a fusão de duas categorias norte-americanas de automobilismo. Então resolvi dar meu pitaco não sobre esse assunto - que para mim não tem relevância - mas sobre o automobilismo norte-americano em geral. Tecendo um comentário em um post que abordava o assunto no ótimo BLIG DO GROO, eu disse : quanto ao automobilismo na terra do Tio Sam, não acho que tenha relevância alguma, pois é fraco, artificial, sanguinolento, atrasado e repleto de pilotos fracassados. Podem unir-se todas as siglas - inclusive aquele chatíssimo bate-bate dos carros de stock deles - sob a mesma bandeira que vai continuar sendo tudo a mesma porcaria. Pois reitero aqui o que disse lá, abordando com argumentos o motivo de cada aspecto negativo desse arremedo de esporte:

1- Automobilismo Fraco: O melhor argumento que corrobora a inexpressão do automobilismo norte-americano a nível mundial vem da constatação de Cristiano da Matta que espantou-se ao perceber que só passou a ser popularmente conhecido quando se transferiu para a equipe Toyota de F1, Kiki dizia em 2003: "estou impressionado por ter ganhado muito mais popularidade andando em quinto ou sexto lugares na F1 do que sendo campeão em categorias americanas...".
Há quem vá argumentar que a corrida de Indianápolis é muito popular e coisa e tal...Mas, sejamos inteligentes, Indianápolis é sim um templo do automobilismo mundial - como LE MANS também o é - , mas é um caso isolado que nem depende de categorias específicas, tanto que até equipes de F1 na década de 1960 preparavam seus carros para essa corrida. E se for esse o único argumento de alguém que queira defender o automobilismo em terras americanas, deixo a seguinte pergunta: pode se considerar forte um automobilismo que tem apenas uma corrida popular em seu handicap?

2- Competição Artificial: Imaginem vocês a seguinte situação no basquete: se um time abrir a vantagem de mais de dez pontos em uma partida, os pontos serão zerados e o time que estiver ganhando terá o acréscimo de apenas um ponto de vantagem... Agora imaginem no futebol outra situação hipotética: a cada final de partida serão disputados disputas de tiro livre - pênaltis - para determinar o vencedor do jogo.
Imaginaram? Esdrúxulo, não é? Pois é justamente esse o princípio adotado pelo automobilismo norte-americano para suas competições, a toda hora são acionadas as tais bandeiras amarelas para juntar o pelotão e recomeçar a corrida em largadas em movimento. A desculpa esfarrapada para tal procedimento ser adotado é a segurança (segurança nos carros mais mortais e inseguros do mundo???) e não a mania dos americanos de transformar tudo em um espetáculo hollywoodiano em que o herói sempre vence no último instante e com todas as situações desfavoráveis. Bastou um carro raspar o muro e o que acontece? BANDEIRA AMARELA!!!

3- Esporte Sanguinolento: Não é novidade que americano gosta muito mais de violência do que da disputa em si em qualquer esporte, exemplos existem aos montes: hockey que sempre termina em distribuição de pancadaria, futebol americano que é baseado na truculência e no embate físico e por aí vai... Em seu automobilismo não podia ser diferente. Os maiores índices de óbito ou acidentes no esporte a motor mundial sempre vem dos EUA que, ao contrário da tendência mundial, privilegiam carros que se tocam o tempo todo, ou seria coincidência o fato de a corrida de stock bate-bate deles ser a campeã de audiência e única categoria realmente popular entre os americanos?

4- Tecnologia Atrasada: Como um país tão rico como os EUA pode estar tão atrasado em tecnologia embutida em seus carros de corrida? Querem um exemplo? Lembram-se do câmbio semi-automátido lançado no automobilismo mundial em um longínquo ano de 1989 pela Ferrari de Mansell e Berger? Pois é, as tais borboletas de acionamento de marchas localizadas atrás do volante serão adotadas finalmente nos EUA, ESSE ANO... UMA "DEFASAGENZINHA" SÓ DE 19 ANOS.

5- Pilotos fracassados: As categorias norte-americanas são sempre a segunda opção para pilotos que almejavam o sucesso nas categorias importantes do automobilismo mundial e não conseguiram. Além disso é o refúgio de pilotos em idade avançada que não tem mais condições físicas de disputar corridas de altíssimo desgaste.

Portanto estão aí razões suficientes para demonstrar quão diminuto e raquítico é o automobilismo do Tio Sam.