quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Honda... Já foi tarde...

Já foi tarde...
A Incompetente equipe Honda de Fórmula 1 - segundo noticia TODA a imprensa especializada - anunciará nessa sexta-feira, dia cinco de dezembro, a deserção de seu projeto na categoria máxima do automobilismo mundial já para 2009. Reflexos de tempos de crise? Não creio, pois se a equipe nipônica estivesse angariando os lucros de um trabalho bem feito, dificilmente abandonaria um mercado de altíssimo retorno de marketing como a Fórmula 1. A razão para esse crash da Honda é - sem dúvida alguma - a colossal ineficiência de seus dirigentes. Como uma equipe pode gastar tanto dinheiro e colocar nas pistas um carro que é motivo de chacotas por dois anos seguidos? Como uma marca renomada pode fazer um motor que na reta é tão fraco que os demais carros da Fórmula 1 passam por ele como se pertencessem a uma categoria superior? E logo a Honda que tinha supremacia absoluta na fabricação de propulsores possantes no final da década de 1980 e começo de 1990... Mas verdade seja dita: se a Honda foi competente para produzir motores, historicamente nunca foi capaz de fazer um carro eficiente quando se propôs a ser equipe completa.
Pior ainda é quando analisa-se o fato de que a Honda, ao comprar a BAR, atrapalhou uma equipe em franca evolução a concluir seu projeto ambicioso de se tornar definitivamente top, atrapalhou a carreira de uma estrela inglesa em ascensão - Jenson Button - privando-o do sonho de lutar pelo título e ainda por cima foi injusta com Aguri Suzuki que foi estimulado pela montadora japonesa a fundar uma equipe satélite, prometendo-o apoio técnico e suporte financeiro e voltou as costas para ele assim que a equipe de Aguri Suzuki se atreveu a superar momentaneamente a Honda em resultados em 2007.
De se lamentar, apenas o fato de a única chance de Rubens Barrichello continuar correndo na Fórmula 1 se esvair em fumaça como o motor da Honda na foto escolhida para abrir o post. De resto, fica a lição para os dirigentes da Fórmula 1 que adoram adular montadoras em detrimento às equipes independentes. Do que adianta adular montadoras? Elas saem da Fórmula 1 com a mesma facilidade com que decidem entrar, sem mágoas ou remorsos, deixando "a Deus dará" pilotos, mecânicos e todos os demais componentes. Não seria melhor estudar maneiras de fortalecer equipes independentes que apresentam vínculo real com a história da Fórmula 1, ajudar homens apaixonados pelo esporte como Sir Frank Williams, Eddie Jordan ou Alain Prost a gerir suas equipes próprias que poderiam contar com algum suporte técnico e financeiro, sem maior compromentimento, dessas mesmas montadoras? Seria bom para o esporte, bom para o espetáculo e EXCELENTE para a contenção de despesas, medida tão almejada por todos os envolvidos com a Fórmula 1.
Que Bernie Ecclestone vai arrumar um jeito de completar o grid em 2009, disso não tenho dúvidas, mas que os altos escalões da Fórmula 1 têm que aprender e muito com esse sinal de alerta deixado pelo abandono repentino da Honda isso tem, afinal de contas, A HONDA PODE SER APENAS A PRIMEIRA...