Tradição e glamour !!!
Estas são as duas grandes qualidades de Mônaco, habitáculo quase que constantemente das corridas mais enfadonhas da Fórmula 1, para ter alguma emoção nas ruas apertadas e sinuosas do principado mais famoso do mundo só se chover ou acontecer acidentes, e como a corrida de ontem não teve nem chuva e nem batidas, tudo transcorreu como sempre: a velha e costumeira procissão de carros rápidos. Ultrapassagem ??? Quem tentou alguma coisa acabou se dando mal, vide Felipe Massa sobre Sebastian Vettel no começo da corrida.
E já quem não tem nada para falar mesmo da modorrenta procissão monegasca, quero elogiar a transmissão da TV GLOBO na corrida de ontem. O locutor oficial não cometeu os grandes erros de sempre e nem exagerou no ufanismo, soube reconhecer o grande valor de Jenson Button e, pasmem, foi quase imparcial... Sobrou elogios até para o sempre espinafrado Mark Webber. Mas o que eu quero destacar mesmo na transmissão global de ontem foi a inteligência de seu trio, locutor e comentaristas, ao abordar o tema da triste politicagem que envolve a Fórmula 1 atualmente: citaram o assunto de forma natural sem intenção de botar mais lenha na fogueira da polêmica e do burburinho, não abriram espaços para as terríveis fofocas e nem perderam tempo tentando adivinhar possíveis futuros apocalípticos. Ponto para o trio supracitado principalmente em tempos de imprensa exarcebadamente sensacionalista e tão tendenciosa a valorizar o que não tem valor nenhum: mexericos, intrigas, diz que diz...
Em meio a tanta baboseira, a TV Globo me surpreendeu pela sua extrema fineza e superioridade diante da mediocridade mexeriqueira reinante, por isso meu destaque para a chatíssima corrida de Mônaco é - quem diria - ela: A TRANSMISSÃO DA TV GLOBO.
"DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR..."
